29 de nov. de 2019

A cor que caiu do céu, H.P Lovecraft

Finalmente trago mais uma resenha para esse blog maravilhoso, e a resenha de hoje é de um escritor que tornou-se clássico no gênero de terror/horror, de tanto ouvir sobre H.P Lovecraft tive que começar a ler alguma coisa, e comecei pela A cor que caiu do céu. Adorei bastante.

Autor: H.P Lovecraft
Número de páginas: 135
Editora: Pandora
Tradução: Fátima de Pinho e Marsely De Marco
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A história começa quando um funcionário está verificando a região de vales, floresta e charneca aonde será inundado para construção de um novo reservatório de água, nisso histórias estranhas voltam a assombrar os moradores da região. História de um pouco mais de 40 anos. Acontecimentos perturbadores envolta de uma família que habitava a região após a queda de um meteoro. Ammi Pierce é a única testemunha viva dos acontecimentos de outrora, que nos contará através do que o funcionário pode absorver de todo o fantásticos e inimagináveis acontecimentos.

A cor que caiu do céu é extremamente fluida prende o leitor do inicio ao fim, os eventos são interessantes e envolventes, o autor sabe levar todo o enredo, contudo há algumas coisas que me incomodaram bastante, como por exemplo a falta de descrição de algumas situações, "coisas horríveis de mais para serem mencionadas/descrita", gosto quando o autor mexe com a imaginação do leitor, contudo com essas pequenas lacunas na narrativa fica difícil. Uma série de episódios não teve descrição, fica a encardo do leitor, eu já estava imaginando tripas espalhadas por toda parte, desfigurações, essas coisas.

O conto é bem envolvente nas sensações também, as impressões que os lugares trazem, os sons ou a falta deles, sendo que a trama toda está envolta de um mistério cósmico, fazendo-me apontar essa história como uma ficção científica clássica. É interessante que o ser/entidade não tenha forma definida, talvez tivesse na mente do autor, contudo ele não a descreveu na obra, pois Lovecraft adora brincar com a imaginação do leitor, deixando-o livre para imagina-lo como quiser.

Eu simplesmente adorei ter lido esse conto, amei muito, adorei ter começado por A cor que caiu do céu, me fez querer continuar lendo H.P Lovecraft, embora eu não tenha gostado dos outros contos, como por exemplo O horror em Red Hook, que foi escrito em 1925 e demonstra todo o preconceito, xenofobia e racismo que o autor tinha e isso me incomodou demasiadamente. Tendo em vista que foi escrito muito antes de A cor que caiu do céu, nota-se que ainda o autor está "testando" sua escrita, no meu ponto de vista como leitora, mostra uma certa distância na forma da escrita e construção, onde chegamos em A cor que caiu do céu em seu esplendor como autor. 

21 de nov. de 2019

Fim de ano Book tag

 

Vocês sabe que adoro responder tags, para quem é leitor a mais tempo do blog sabe que teve uma época que vivia respondendo tag, meio que eu reservava um dia na semana para responder tgs. Enfim, agora com o canal também pretendo responder em vídeo, claro, e trazer para o blog tanto em vídeo quanto escrito..


1° Há algum livro que você começou este ano e não terminou?
Sim, infelizmente... não estava tão engajada nessas leituras apesar de que estava amando alguns pontos, só que acho que não era o momento.
Estrelas perdidas Star wars, O amante de lady Chatterley e o que não citei no vídeo que the Blessed.

2°Você tem algum livro primaveril para ajudar na transição para o fim do ano?
Neste caso refere-se uma leitura mais leve, tipo amor e gelato, só que não tenho nenhum livro assim aqui na minha estante, então escolhi O segredo da caveira de cristal, é um livro de fantasia voltado para o público jovem e o melhor, é um livro nacional.

3°Tem algum lançamento que você quer ler antes do fim do ano?
Sim é vermelho, branco e sangue azul. Estou ansiosa para ter esse livro, e já faz um tempinho que estou querendo ele.

4°Quais os três livros que você pretende ler até o final do ano?
A filha da floresta, que já comecei a ler, Orgulho e preconceito da Jane Austen e 1984

5°Tem algum livro que pode vir a ser seu novo favorito?
Há vários livros que espero amar muito até o fim desse ano, um deles é A filha da floresta, que tenho  certeza que vou gostar bastante, tenho alguns livros novos para ler e também acho que vou gostar muito.

6°Já começou a fazer planos para as leituras de 2020?
Mais ou menos, há algumas coisas que pretendo para o ano que vem, como terminar o desafio Rory gilmore book challenger e ler em torno de 60 livros, e ler alguns clássicos que estão parados na minha estante. 

19 de nov. de 2019

365 dias do ano, Demi Lovato

Não sabia se ia fazer essa resenha muito meno que chegaria a ler esse livro, para quem acompanha o mercado editorial brasileiro, viu que esse livro a muito tempo trás estava 'bombando' pelos blogs de literatura e diversas resenhas e fãs empolgados estavam divulgando, na época eu não tinha demonstrado interesse, bem até semana passada que o comprei no sebo da minha cidade, e pensei porque não dar uma chance?

Autora: Demi Lovato
Número de páginas: 400
Editora: Best Seller
Tradução: Joana Faro
ISBN: 978-85-7684-829-5


365 dias do ano é como se fosse recortes do diário de reabilitação da Demi, ao longo do livro ela conta como trabalhou seu amadurecimento emocional e como foram dias duros e difíceis que teve que enfrentar, todavia Demi usa sua experiência e o que aprendeu ao longo de um ano, para intensivar e fortalecer os outros, não importando a idade, usando-se de frases iniciais e discorrendo sobre elas e como cada coisinha pode fazer uma grande diferença.

Achei uma leitura bem gratificante bem fluida e rápida, como disse nas redes sociais, Good Reads e Instagram, é como se a Demi estivesse falado com o leitor e o apoiando, bem como dizendo o que é preciso ser dito, mesmo que duro em muitos pontos de vista, não achei que ela estava dizendo algo apenas para reforçar coisas boas em que você acredita, mas sim que você precisa trabalhar duro para conseguir as coisas, que precisa aprender a perdoar e não guardar rancor, mesmo que as pessoas foram terrivelmente difíceis de serem tragáveis ou tratáveis.

O livro não trás algo inovador, nem seria um livro super premiado, nem é intensão da autora, apenas aborda que devemos reconhecer que precisamos tratar nosso problemas, que temos que crescer, aprender com nossos erros, seguir em frente na vida, ter empatia e coragem para assumir nossos erros e lidar com eles. Acredito que é importante destacar como a Demi descobriu que tem depressão e transtorno bipolar, tendo em vista todos os problemas que ela já tinha e como vinha fugindo deles, houve um momento de não estar suportando mais, onde ela finalmente procurou ajuda. Com consultas ao psicologo e finalmente tratando-se por causa da automutilação e bulimia, descobriu que seus problemas era ainda mais complicados e o quanto precisava de tratamento.

15 de nov. de 2019

Book Haul || Comprinhas no sebo

O post de hoje é um vídeo também, finalmente fiz um canal para o blog então não deixe de assistir e dar aquela valorizada, além de que estamos falando de livros maravilhosos e alguns que são uma surpresa até mesmo para mim, por exemplo não imaginava que ia ler 365 dias da Demi Lovato, está sendo minha leitura atual, e está sendo como se fosse uma conversa com uma amiga, vou falar bem mais detalhadamente nos próximos post de resenha. Enquanto escrevo esse post comprei mais 4 livros, não resistir e também comprei mais um livro sobre bruxa, além de ter comprado um de Allan Kardec. Ultimamente estou estudando muito mais sobre o o mundo espiritual e tem sido bem interessante ver diversas vertentes.


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Assista meu vídeo^^


A filha da Floresta: Esse livro é um dos que mais estou ansiosa para ler, afinal de contas faz muito,  muito tempo que estou procurando-o e finalmente achei!! Estou muito feliz e empolgada para começar essa história. Aproveitar que estamos no final do ano, ciclos estão se encerrando, mudanças vem e estamos passando por transição de estação. Enfim, adoro essa magia e claramente combina com a leitura.

Ramsés: O templo de um milhão de anos: Esse livro quero ler em breve, ele é o segundo volume da série Ramsés,  obviamente trata-se do Egito, um dos países que sou alucinadamente louca para conhecer e explorar. Aqui finalmente Ramsés finalmente será faraó, e terá que enfrentar tramas políticas, lutas pessoas, aprovação dos deuses e terá que governar um grande império.

365 dias Demi Lovato: Está sendo minha leitura atual, estou super empolgada para escrever uma resenha sobre, muitas passagens dão quentinho no coração, outras são passagens que não são nenhuma surpresa, com toda certeza recomendo esse livro para pessoas mais jovens e que precisam de um apoio psicológico, pois esse livro vai dar uma força que precisam.

1 Hora e 59 contos-minutos: Já terminei de ler esse livro, ele é super rápido com uma linguagem que lembra alguns clássicos, mas nada difícil, os contos são de uma páginas e não são interligados, embora alguns contos são rasos e bem corridos, afinal só possuem uma página, eles tem uma coisa gostosa de ler, dá vontade de ler mais pois tem-se aquela sensação de que são recortes de um livro.


Os livros que não estão no vídeo...

O Colecionador: já começamos com um livro pesado, vi resenhas de muita gente elogiando, contudo alertando que esse livro tem gatilhos, apesar de estar morrendo de curiosidade, estou morrendo de medo de ficar mal por conta disso.

Filha de feiticeira: Adorei essa edição, achei super interessante a história, e o principal trata-se de uma história sobre bruxas e magia, mas acima de tudo...sobre a união entre as mulheres. Notei que esse livro é infanto-juvenil, e estou curiosa para saber o desenrolar da história e como flui a narrativa.

Orgulho e preconceito: Nem acreditei quando achei esse livro, nessa edição de colecionador da antiga editora Abril. Enfim, um grande clássico como esse eu não podia deixar para trás, além disso quem lê a muito tempo o blog, sabe que sou a louca dos clássicos hehehe.

O livro dos médiuns: Um livro espirita sobre espíritos e muito mais, quero lê-lo mais pela curiosidade, além de que estou estudando muito sobre o mundo espirital e vendo muitas vertentes e estou adorando.


6 de nov. de 2019

O lado bom da vida, Matthew Quick

Esse livro está a muito, muito tempo na minha estante, acho que um pouco mais de um ano, então decidir pega-lo logo para ler, e por incrível que pareça ainda não assisti o filme, apesar de ter acompanhado o Oscar do ano em que Jennifer Lawrence foi indicada ao premio por sua atuação em O lado bom da vida. Esperei todo esse tempo pois queria ler o livro primeiro e depois de tanto postergar, achei o livro bem mediano, e cheio de falhas, e em muitas passagens entediantes e outras que me irritaram.

Título original: The silver linings playbook
Autor: Matthew Quick
Número de páginas: 160
Tradução: Alexandre Raposo
Editora: Intrínseca
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Pat, é um ex professor de história que acaba de sair de uma instituição psiquiatra, convencido de que passou apenas alguns meses naquele "lugar ruim", não lembrando-se da do que fez para ir para lá, nem de parte de sua estadia no local. Ele precisa enfrentar sua realidade, a qual resiste em aceitar e resistência em aceitar as mudanças e transformações que ocorreram no mundo enquanto esteve internado, bem como a mudança trágica que ocorreu com seu casamento. Agora viciado em exercícios, para lidar com suas frustrações e ansiedade, tenta se reorganizar após sua vida se transformar totalmente, ainda busca por um final feliz.

O "mistério" que o autor  quis trazer, ao meu ver, foi bem desnecessário, tendo em vista que o enredo é bem dedutível, com exceção dos acontecimentos com Tiffany, uma das protagonistas, bem como entediante as desnecessárias páginas e páginas para descrever o jogo do Eagles, e falar sobre Football americano, e qual isso chega tornar-se doentio para Pat, seu pai e seu irmão. Algo que acho bem interessante na relação familiar do protagonista, é que começamos a entender um pouco mais as origens das crises de violência de Pet, bem como o meio machista em que vive o influenciou a ver o mundo de modo machista, prejudicando-o ainda mais emocionalmente.

Outrossim,  tornou-se quase insuportável de ler, chega eu revirava os olhos, são as frases de efeito de Pet como "o jeito que os homens fazem", "sou mais rápido, porque sou homem", "arremesso de mulherzinha", "meu amigo negro", e assim por em diante. Talvez o autor quisesse reforçar o ambiente em que os personagens estavam inseridos, e o machismo inerente na família, contudo foi muito desagradável e desnecessário essa repetição de termos, bem como "porque estou tentando ser gentil e não ter razão" frase essa que é usada constantemente, principalmente quando o Pet discorda dos outros e não sabe argumentar e internamente fica repassando o quanto ele tem sido bom, empobreceu além da escrita do autor que ficou cansativa, o enredo ficou cheio de repetições.

Só que não gostei dele como um todo, achei ele intenso em algumas partes, e até gostei de algumas passagens com Pat, também gostei do fato de ser um protagonista masculino que está frágil, psicologicamente instável e precisando de muito, muito apoio e ajuda dos amigos, da família, e claro a ajuda médica. Também achei divertido e triste ao mesmo tempo a busca de Pet por finais felizes nos livros para encontrar e acreditar no final feliz dele, que ao decorrer do livro passa cada vez mais achando que a vida é um filme  e que tudo tem um drama triste, mas que pode acabar em finais felizes.  Tiffany, para mim, é a melhor personagem, uma mulher também na faixa dos 30 e poucos anos, que sofre de depressão profunda, e ainda tem muito para lutar, bem calada e às vezes parece que está na beira de uma crise. Sendo que ela é uma personagem fundamental para ajuda Pet a lidar com sua perda de memória, dores e aflições.

O livro não me prendeu emocionalmente como prendeu muita gente, assim como não achei ele grande coisa como todo mundo diz, eu o achei bom mais puxado para o mediano, com uma história interessante e com temas delicados, como depressão, crises de violência, machismo e outros.

2 de nov. de 2019

Livros nacionais que li até agora (2019)



Esse ano li muitos livros nacionais que gostem bastante, tive diversas surpresas, li alguns livro técnicos que não irei incluir neste post, no caso só vou considerar os de ficção. Foram leituras boas, algumas bem gostosinhas outras nem tanto. Não vou me aprofundar muito nos livros, apenas farei breves comentários sobre, não se esqueça de comentar se já leu alguns desses livros.

Escrito em algum lugar
Foi o primeiro livro do Vitor Martins que li, gostei bastante da escrita e da história, apesar de ter achado do meio para o final bem corrido, como se ele quisesse dar um desfeche logo na história, visto que é um conto, se o autor tivesse se estendido mais um pouquinho, teria sido perfeito. Esse foi meu primeiro livro LGBT e adorei bastante. Tentei ler mais outro livro do Vitor Martins, Quinze dias, não gostei e abandonei a leitura na metade, é um livro para um publico bem mais jovem do que eu.

A casa de vidro
A história de baixa fantasia misturada com romance de época se passa na Inglaterra após a primeira guerra mundial, quase para estourar a segunda, mostra uma história de amor entre um ser de outro mundo, que vive no nosso mundo como um jardineiro de uma casa pertencente a aristocracia, e uma humana linda e delicada. Apesar de ser um tanto clichê, ter personagens rasos e ter alguns problemas com o fluxo narrativo, gostei bastante da história, e gostei mais ainda da narrativa.

O guarani
Um grande clássico da nossa literatura, gostei da história, sofri em todos os momentos por Peri e sua inocência, além de ter achado que o personagem tinha uma lealdade exacerbada pelo homem branco, o qual tirou sua terra e matou sua gente. Todavia tudo o que indica é que o autor queria trazer os índios, um símbolo nacional, como o herói e patriota. Algo que me deixou bem desgostosa foi ter lido uma adaptação e não o texto na integra, o que senti falta do contato com a literatura clássica.

A terceira margem do rio
Guimarães Rosa trás uma história que beira o surreal, uma história cheia de significados e magnificência. Só esse conto eu o li uma 4 vezes neste ano, e foi algo maravilhoso que encheu minha alma.

A Cartomante
Quem segue o blog a mais tempo, sabe que adoro Machado de Assis, que adoro poder ler mais e mais de seus escritos, sendo assim, não podia perder essa oportunidade, li e reli esse conto, pois parece que sempre tem mais a ser lido. Com uma história envolvente de uma cartomante que acaba sendo um caso de polícia, com um desfecho que é propositalmente "inacabado", para surpreender o leitor e pega-lo em sua estupefação.

fiz resenha aqui no blog, foi um livro maravilhoso, surpreendente e extremamente envolvente, muito da mensagem espiritual que o autor passa eu pudi captar e levar para minha vida, esse livro é um daqueles que digo com orgulho que de certa forma me melhorou bastante.

Esses foram alguns dos livros nacionais que li esse ano, li alguns infantis também, contudo quero fazer um post específico sobre o tema, recomendando livros infantis. Quais os livros nacionais que vocês leram e adoraram?

30 de out. de 2019

Breve respostas para grandes questões, Stephen Hawking

Eu li esse livro há um tempo, já faz alguns dias, até gravei um vlog de leitura, meu primeiro vídeo para o youtube, demorei um pouco para termina-lo apesar de ter sido uma leitura incrível, extremamente fluida, e ao termina-lo tive uma sensação de uma pitada com desespero misturado com contentamento, pela ótima leitura, além de  que  estou achando que esse livro deveria virar leitura obrigatória, pois livros com tanto para dizer como esse, são livros que precisam ser divulgados e abraçados.

Título original: Brief Answers to the big questions 
Autor: Stephen Hawking 
Tradução: Cássio de Arantes Leite
Número de páginas: 254
Editora: Intrínseca 

O livro é um compilado de textos escrito que estavam no arquivo pessoal de Stephen Hawking, após sua morte a família decidiu publica-los, formando esse livro tão maravilhoso, com prefacial de Eddie Remayne (interpretou Hawking nos cinemas), e introdução de Kip S. Thorne, nobel de física. O livro abrange algumas das questões mais relevantes sobre ciência, sociedade e religião, que diversas pessoas perguntavam ao autor, desde a existência de Deus, bem como a inteligencia artificial vai nos superar? O livro possui 10 partes/capítulos que são introduzidas com uma pergunta pertinente e que será respondida ao longo do capítulo.

Stephen tinha um brilhantismo e grande habilidade em fazer divulgação científica, trazendo diversos conceitos complexos da física para sociedade comum, sem jargões complicados, sem cálculos cabeludos, apenas demonstrando que a ciência deve estar ao alcance da população, além de ser obrigação do cientista em divulgar sua pesquisa, além de influenciar outras pessoas à virem para ciência, também é uma forma de não, ao menos tentar lutar contra autoritarismo, tendo em vista que a ciência precisa de liberdade para florescer, assim também formará pessoas conscientes e questionadoras, as quais contribuirão de alguma forma para o planeta. Um adendo enorme aqui, Hawking sempre refere-se à humanidade, e não à um grupo nacional, e atribuindo a culpa pelo desmatamento, morte da fauna e da flora aos humanos.

Ademais, algo que gostei bastante desse livro, é que ele é bem diferente dos anteriores, aqui não tem gráficos, e análises matemáticas, mas aqui temos uma aproximação muito maior com Hawking, bem como entendemos melhor seus pontos de vista, além de conter diversas explicações fáceis para conceitos extremamente complexos da cosmologia, física em geral, e até mesmo sociais, além de responder a pergunta de "Onde estão os alienígenas?" É um livro para todas idades, gêneros e aptidão para exatas ou não.


Breve respostadas para grandes questões trás uma das discussões mais importantes no mundo, o aquecimento global e como já passamos do ponto crítico, além de trazer um capítulo todo sobre a exploração espacial e seus benefícios e implicâncias. Outrossim Hawking sempre esteve a frente de seu tempo, aqui no Brasil muitos ainda discutem sobre se a terra é plana ou não, Hawking aborda a engenharia genética e questões sobre humanos aprimorados. Eu poderia escrever horas afio sobre o livro e destacar diversos pontos, contudo ficaria um post enorme, por isso eu recomendo a leitura, e digo para ver com seus próprios olhos como essa edição está linda, acessível financeiramente, e acessível intelectualmente, você não precisa ser PH.D em alguma área das exatas para entender, e não se preocupe com termos, ou algo muito avançado, o livro é bem explicadinho, fluido e maravilhosamente bem escrito. Abaixo tem um vlog de leitura desse livro maravilhoso.



14 de out. de 2019

A lâmina da Assassina -Histórias de Trono de Vidro- Sarah J. Maas



Esse ano estou lendo diversos livros bem distintos entre si, e esse é um daqueles livros que me deixou dividida, gostei e não gostei de algumas partes ao mesmo tempo, foi uma leitura  boa e extremamente fluida em certos momentos, mas em outros foi bem chatinho e apesar de devorar algumas páginas parecia que a história não fluía muito.

Estou extremamente feliz por estar fazendo essa resenha, pois levei um mês para termina-lo, estou meio que passando por uma ressaca literária devido a uma série de fatores e dentre eles...A faculdade, e pensei que esse livro iria me ajudar, já que adoro a escrita da Sarah J. Maas, ele me deixou um tanto decepcionada com a escrita da autora, com os personagens um pouco rasos e com o final que senti que estava corrido de mais, como se ela quisesse terminar logo de escrever o livro, e já aviso de antemão que chorei com o final.


Autora: Srah J. Maas
Número de páginas: 404
Editora: Galera Records
Tradução: Mariana Kohnerte



 O livro é composto por cinco histórias da Celaena antes do primeiro livro, acho que já deu para perceber que A lâmina da Assassina é um prequel, então sabemos que ela ainda está na guilda dos Assassinos e já sabemos o que vai acontecer, ela vai ser traída e presa, o que leva aos acontecimentos de o Trono de Vidro. Celaena está extremamente arrogante e até certo ponto insuportável, tendo em vista que ela é herdeira da guilda dos Assassinos do norte, além de ser temida, apesar do seu rosto não ser conhecido, ao decorrer das cinco histórias os personagens têm um crescimento incipiente, alguns são ignorados e outros são tão rasos que são esquecíveis .

Sofrimentos, angustias, traições e tramas políticas mostram-se no enredo, muito embora só temos um deslumbre sobre a situação do Império e quão poderoso ele é, só ao longo da série, que se desenrola as tramas e ficamos sabendo o que realmente está acontecendo, ou sobre a origem da protagonista que é constantemente citado, mas nada revelado nesse livro, para quem acompanha a série sabe que a partir do segundo livro que vamos saber sobre a origem da Celaena.

Ademais, como eu havia dito no início, o livro é composto por cinco histórias sobre a assassina, e todas estão interligadas, e a narrativa entre elas destoam um pouquinho, ora é fluida, ora é lenta, tenho aquele probleminha com a autora que nesse livro tem demasiadamente: ela não confia na capacidade intelectual do leitor e repete diversas vezes os fatos, bem como há repetição de termos e alguns vícios narrativos, ao meu ver a escrita da Sarah J. Maas neste livro aparenta ser menos madura do que nos outros livros da série, é como se ela tirasse as histórias dos primórdios de sua escrita e publicasse sem uma revisão ou uma versão melhorada, grande parte do livro não me prendeu. Embora, eu me apeguei muito ao personagem Sam e chorei muito, muito mesmo com o final amargo da história, apesar de não ter sido uma surpresa o desfecho, não pensei que me apegaria tanto, assim como gostei bastante de algumas mensagens em A assassina e o deserto.

Levei muito tempo para consegui termina-lo tanto pela minha rotina, quanto ressaca e desmotivação com quase tudo na vida, mas terminei esse livro querendo devorar mais outros livros, um dos contrapontos dessa edição é que tem falhas de impressão e erros de digitação. Enfim, recomendo o livro para quem gosta da série Trono de vidro e quer saber o que precedeu os acontecimentos que levaram Celaena até as minas de sal, gostei de lê-lo mas não tornou-se meu favorito da série, muito menos do ano.







21 de set. de 2019

Marília de Dirceu, Tomás Antônio Gonzaga


Demorei muito para terminar esse livro, fiquei umas três semanas, o que empacou bastante minha lista de leituras e minha TBR, esse livro peguei emprestado da biblioteca da faculdade, apesar de ter lido 100 páginas de uma vez..as últimas 150 demorou muito para continuar, estou mega bagunçadascom a vida em si e isso está prejudicando o blog, tendo em vista que as visualizações decairão bastante.
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Esse é mais um livro clássico da literatura brasileira, e dessa vez pertencente a escola literária arcadiana. A guisa de curiosidade, o nome arcadismo é uma referência à Arcádia, região campestre do Peloponeso, na Grécia antiga, tida como ideal de inspiração poética.
A principal característica desta escola é a exaltação da natureza e de tudo o que lhe diz respeito. Por essa razão muitos poetas do arcadismo adotaram pseudônimos de pastores gregos ou latinos. Caracteriza-se ainda pelo recurso a esquemas rítmicos mais graciosos. É importante ter essas informações para o leitor entender a forma de escrita do autor, bem como apreciar a graciosidade da linguagem usada e suas formas poéticas

Autor: Tomás Antônio Gonzaga
Título: Marília de Dirceu 
Número de páginas: 275
Editora: Martin Clarent 
ISBN: 9788572325165

"Marília de Dirceu" reúne a maior parte da breve produção literária de Tomás Antônio Gonzaga. As liras que compõem esta obra, muito além de um extravasamento amoroso, são um diálogo com os acontecimentos políticos, sociais e artísticos testemunhados pelo poeta e foram compostas, em parte, em seu período de cárcere, que antecedeu o exílio. 
Marcada pelo dualismo entre o universo imanente que é a arte e a realidade como ponto de partida, entre o presente turbulento do século XVIII e a Antiguidade clássica, "Marília de Dirceu" influenciou toda a literatura brasileira vindoura, prenunciou o Romantismo e tornou-se um dos mais importantes clássicos de nossa língua.
Os poemas são extremamente encantadores, alguns são bem sutis na crítica política, já outros o autor deixa bem claro seu posicionamento e o que ele sofreu em sua época, bem como suas influencias e posteriormente seus poemas iriam influenciar o romantismo. A maior parte o livro é bem fluido e gosto de ler, gostei bastante dos textos bem românticos as declarações de amor à Marília, e como o poeta via sua amada. Conheci o autor e suas obras através do vestibulares, e desde então tinha grande curiosidade em lê-lo, finalmente tive essa oportunidade, e parte de mim sente como se eu não tivesse aproveitado ao máximo a história por trás do romantismo e expressões elegantes.
Ademais, as liras de Marília de Dirceu exploram o tema do amor entre dois pastores de ovelhas. No decorrer da obra, o eu-lírico expressa seu amor pela pastora Marília e fala sobre suas expectativas futuras. Dentro do contexto do Arcadismo, Dirceu revela a ambição de ter uma vida simples e bucólica ao lado de sua amada. 
Parte I, Lira I
“Os teus olhos espalham luz divina,
A quem a luz do Sol em vão se atreve:
Papoula, ou rosa delicada, e fina,
Te cobre as faces, que são cor de neve.
Os teus cabelos são uns fios d’ouro;
Teu lindo corpo bálsamos vapora.
Ah! Não, não fez o Céu, gentil Pastora,
Para glória de Amor igual tesouro.
Graças, Marília bela,
Graças à minha Estrela!”
É um livro que recomendo muito, não só por seus poemas lindos e história maravilhosa, mas sim por sua carga histórica e o que ela representa na literatura nacional e como veio, posteriormente, a influenciar a escrita de diversos autores, e como até hoje é um livro atual e emblemático.

31 de ago. de 2019

Frankenstein de Mary Shelley

Depois de algumas semanas sem postar, porque não tive tempo, até minhas leituras estão um pouco mais devagar por causa da faculdade e estudos...Terminei de ler esse mega clássico maravilhosamente escrito em 1816, considerada a primeira obra de ficção científica da história, sendo um romance de grande sucesso e gerou todo um novo gênero de horror, tendo grande influência na literatura e cultura popular. Espero que essa resenha esteja à alturas. 

Autora: Mary Shelley 
Número de páginas: 424
Editora: Penguin Companhia
Tradução: Christian Schwartz

Mary Shelley escreveu a história quando tinha apenas 19 anos, entre 1816 e 1817, e a obra foi primeiramente publicada em 1818, sem crédito para a autora na primeira edição. Atualmente costuma-se considerar a versão revisada da terceira edição do livro, publicada em 1831, como a definitiva.

O romance é narrado através de cartas escritas pelo capitão Robert Walton para sua irmã enquanto ele está ao comando de uma expedição náutica que busca achar uma passagem para o Pólo Norte. O navio sob o comando do capitão Walton fica preso quando o mar se congela, e a tripulação avista a criatura de Victor Frankenstein viajando em um trenó puxado por cães. 

A seguir o mar se agita, liberando o navio, e em uma balsa de gelo avistam o moribundo doutor Victor Frankenstein. Ao ser recolhido, Frankenstein passa a narrar sua história ao capitão Walton, que a reproduz nas cartas a irmã. A história do capitão Walton é chamada de narrativa moldura (às vezes também narrativa quadro), onde uma história contém outra, atualmente chamamos esse tipo de narrativa de metalinguagem, uma história dentro de outra história, o que pode-se perceber é que grande parte dos clássicos foram escritos de tal forma.  


 

Frankenstein então dedica-se a criar um ser humano gigantesco, sacrificando o contato com a família e a própria saúde, e após dois anos obtém sucesso. É narrado pelo protagonista sua repudia perante a criatura que construíra, em um momento de curiosidade à ciência começou a fazer seu monstro a partir de restos humanos, restos que já estava em estado deplorável. É interessante como a criatura ganha vida, como ela aprende e desenvolve consciência e até que ponto um ser não humano poderia chegar em crueldade, caso contrariado ou quando lhe é negado o amor.

Como de costumes do grandes clássicos, há muita critica social, tendo também muita reflexão filosófica que permite diversas analogias sobre a relação da criatura com Victor Frankenstein, assim como o abandono de sua criação resultou em diversas situações catastróficas. Ao desenrolar da história Victor pondera nas consequências de suas escolhas, em como chegou em cada uma delas e como as pessoas próximas foram afetadas.

 O monstro também reflete muito sobre sua existência, seu ódio, o amor que lhe foi negado e como sofreu com seus atos hediondos, podendo ser feito um paralelo com o homem nasce bom e a sociedade o corrompe? ou será que já nasce vil e cruel? 

Dessarte, em nenhum momento simpatizei com os personagens, apesar de entende-los e até em alguns momentos sentir pena, não gostei deles, assim como achei Victor um tanto ingrato com sua vida. A história se desenrola em uma narrativa extremamente fluida, curiosa e que prende o leitor do inicio ao fim, ademais, é um livro com grandes lições e uma história de arrepiar, tratando-se da natureza humana e o quanto ela é seletiva para com os de sua própria espécie. 

11 de ago. de 2019

2° Semestre| Faculdade, leituras e novas aventuras

Parte da biblioteca da minha faculdade

Esse post é especial para mim, pois é mais um daqueles post que não faço a muito, muito tempo, atualizando vocês da minha vida, além de que faz tempo que não posto nada por aqui e a razão disso é tempo. Bom, vamos por partes, entrei na faculdade nesse segundo semestre, então é meu primeiro semestre na faculdade, ainda estou me acostumando a muita coisa e estou aprendendo a me organizar melhor, então estou vivendo em uma bagunça e sempre cheia de coisas para fazer, e postar aqui no blog está muito difícil, e isso me deixa muito chateada...

Não ter tempo para uma das coisas que mais amo é chato, contudo isso logo vai mudar, tendo em vita que vou me organizar melhor. Ah, antes que eu me esqueça de citar, estou estudando Microeletrônica, obviamente um curso de exatas, sua grade curricular é muito parecida com a de física e/ou engenharia, e pretendo seguir a carreira acadêmica.
Sala de estudos da minha faculdade, e alguns dos livros que tive que estudar no dia e durante a semana

Estou pensando em postar mais sobre minha rotina acadêmica, mais da minha rotina, mas em forma de vídeos, estou com alguns projetos que a tempos quero tira-los do papel e outros que quero dar continuidade, por exemplo o #Projetoliteratura que está paradão, quero fazer um canal no youtube,  além de ter muitas resenhas acumuladas, que quero publica-las. 

Uma das coisas que estou aprendendo é me organizar melhor, desde meus estudos à vida em si, pois acho que estou consumindo muito tempo e não conseguindo fazer metade das coisas que tenho/quero fazer, como meu bujo, minhas pinturas em geral, leituras e afins...

Enfim, essa é uma nova faze da minha vida, a qual estou em uma faculdade, seguindo meus sonhos, estudando muito e quase não tendo tempo, mas vou me organizar direitinho para fazer as coisas, e espero muito conseguir realizar meus projetos. Falando nas minhas leituras atuais, estou lendo bastante, mas dei uma desacelerada no ritmo, tenho ainda que terminar dois livros, um sobre o ódio na atual sociedade brasileira, e o outro é um clássico da literatura, Frankenstein, já terminei alguns outros livros e outros dois estão parados, a leitura não vai para frente, então deixei eles de lado para começar outros, talvez no fim do ano eu leia eles, o importante é lê-los ( Quero que seja até o final do ano, pois minha meta é 60° e estou no 43° ainda).

27 de jul. de 2019

O príncipe, Nicolau Maquiavel

Quando peguei esse livro estava feliz e encantada por estar lendo uma obra tão clássica e tão densa   em história europeia, quanto O príncipe é, apesar de estar no meio de uma ressaca literária e ter demorado algumas semanas para finalizar essa leitura e às vezes volta-la para absorver melhor as ideias do livro...Eu aproveitei-a bastante, sendo  um imenso prazer poder falar desta obra tão antiguíssima, que atravessou séculos causando polêmicas.


O príncipe, demonstra uma maneira cética de encarar o ser humano, sua concepção de poder pregava a prática acima da ética, pois tudo é válido contanto que o objetivo  seja manter-se no poder. Citado incessantemente há quase quinhentos anos, O príncipe é tido como um modelo imoral de praticar o poder, mas é seguido à risca por quase a totalidade dos políticos que o criticam.

O tratado político que é o livro, possui 26 capítulos, além de uma dedicatória a Lourenço II de Médici (1492–1519), Duque de Urbino. Mediante conselhos, sugestões e ponderações realizadas a partir de acontecimentos anteriores na esfera política das principais localidades de então, o livro pretendia ser uma forma de ganhar confiança do duque, que lhe concederia algum cargo. No entanto, Maquiavel não alcançou suas ambições. Para entender O príncipe, é importante ter em mente que na época em que foi escrito a Itália vivia uma instabilidade politica, guerras e revoluções, além de que estava dividida em vários ducados. 

Algo que me impressiona em clássicos tão antigos como está obra que possui 500 anos, é sua linguagem e sua fluidez, Maquiavel escreveu com essa finalidade explicatória para Lourenço II de Médici, que encontrava-se no poder naquelas circunstancias, ora, a obra mostra como a política acontecia na Itália, como as pessoas poderiam fazer de tudo para se consagrarem e permanecerem no poder, mostrando até onde as pessoas estavam disposta a fazer para chegar onde queriam. 

Ademais, Maquiavel conhecia muito bem os cenários políticos de sua época, assim também como a história clássica da Grécia, Roma e também o poder e ascensão do papado e sua influência. De forma maestral o autor discute e explica de forma bem didática e fácil de se acompanha, as politicas e suas formas mais cruas, ora cruéis, ora fingidas, ora injusta e mesquinha que muitos líderes agiam, seja da republica ou de diversos principados pela história tanto recente (contemporâneo a Maquiavel) da Europa e Itália, quanto antiga, além de acentuar a diferença entre as leis que regem os poderosos e as que regem os plebeus, principalmente como  o mundo era mais injusto ainda  durante e após a idade média. No Geral o livro mostra como por vez a uma politica injusta e suja, e que até mesmo o momento em que muitos líderes agiram amistosos ou com benevolência foi em troca de poder, prestigio e para se legitimar como um poderoso.  

Acho muito válido avisar que o leitor vai precisar ter uma bagagem histórica para entender quando o autor citar guerras, disputas e rivalidades entre alguns reinados de épocas diversas, tendo em vista que o livro está cheio desses exemplos para que o leitor entenda o que Maquiavel está lhe dizendo sobre o mundo político,e claro isso vai ajuda-lo a não estar tão perdido durante a leitura, ao menos é interessante estar por dentro do contexto histórico do livro para tirar um maior proveito da leitura.  

Destarte, é uma leitura extremamente clássica e incrível, o leitor vai sentir-se deleitado em uma obra não-ficcional, durante a leitura é estudada a política e história europeia com um professor de mais de 500 anos, passando seu conhecimento e ceticismo em relação à bondade do  homem. Pode ser que para pessoas mais sensíveis a  injustiças em geral e a acontecimentos da idade média tenha gatilhos, mas é uma leitura que recomendo à qualquer leitor. 
Nicolau Maquiavel (1469-1527)

20 de jul. de 2019

Confissões no crematório: Lições para toda a vida, de Caitlin Doughty

Passei na faculdade!!! vou estudar microeletrônica em uma faculdade pública de São Paulo 
(Não vou citar nomes kkkk), estou mega feliz por isso, além de outras pequenas coisas ter acontecido comigo, como comprar livros novos, bom, tudo tem sido bem bagunçado na minha vida até agora, espero conseguir deixar tudo bem mais certinho, principalmente com a faculdade agora. Enfim voltando ao livro...

Título Original: Smoke get in your eyes and other lessons from the crematory 
Autora: Caitlin Doughty 
Número de páginas: 256
Editora: DarkSide 
Onde comprar:Amazon

Quando Caitlin morava no Havaí e tinha apenas 8 anos o seu primeiro contato com a morte foi firmado. Ela estava no shopping quando viu uma garotinha morrer após cair de uma altura de 10 metros. Com isso, ela ficou com um grande medo da morte. Depois desse trauma Cat passou a ver a morte em tudo e adquiriu comportamentos obsessivo-compulsivo e rituais, acreditando que assim evitaria mais transtornos. Ela nunca falou sobre tudo aquilo que sentia e acabou guardando para si tudo que estava pensando sobre o que viu. Esses fatos foram decisivos para despertar nela uma curiosidade sobre o tema, como forma de superar tudo que aconteceu.
Agora em São Francisco, com 23 anos, ela passa a trabalhar como operadora de crematório no Westwind Cremation & Burial. Lá, sem nenhuma experiência na área, o seu chefe Mike passa a ensiná-la tudo que sabe sobre esse mundo mórbido e que está tão presente em nossas vidas, mas que preferimos ignorar. Além do chefe ela conta com a ajuda de Chris, um senhor mau humorado, mas que é uma boa pessoa e responsável por buscar os mortos. Ele acaba sendo parceiro de Cat em diversos serviços e ela aprende com ele muito mais do que o esperado.
Esse livro com certeza é necessário, principalmente com uma sociedade moderna que recusa-se a falar sobre a morte, que tenta de todas as maneiras esconde-la, disfarça-la ou ludibriar desde os mais novos, e até mesmo os mais velhos membros, dizendo ou que foi para um lugar melhor, ou para as crianças diz-se que os nossos  mortos viram estrelas ou algo parecido. 
Um dos questionamentos que a autora faz no livro, além do famoso "disfarçar a morte ou evita-la", o por quê de não leva-la como uma condição inerente à humanidade? Hoje tem-se medo do que acontece com o corpo assim que o ente querido morre, assim como também por muitas, mas muitas mesmo, pessoas que não entendem como os próprios corpos funcionam, e como é a proliferação de doenças, é impressionante os relatos da autora, que funcionam como um diário, que explica os procedimentos funerários, haja vista que também discorre sobre rituais mortuários em diversas culturas ao redor do mundo, seja antiga ou moderna,  dando um el passant até mesmo na cultura indígena brasileira. Apesar de não ter tornado-se meu livro favorito, foi uma leitura muito interessante e relevante.

O livro, portanto, é uma leitura fluida, com um tema pertinente à atualidade e muito discutível, vamos morrer um dia e não tem mal algum em falarmos sobre isso, assim como não tem problema termos rituais diferentes que nos aproximem do morto e não dos distancie; deixo minha recomendação de leitura.

10 de jul. de 2019

Ricardo III, de William Shakespeare

Essa resenha faz um tempo demasiado que era para ter sido postada, mas protelei muito e muito, e por diversas razões pessoais, mas enfim chegou finalmente o dia de posta-la. Adoro clássicos literários, e ultimamente venho gostando bastante de Shakespeare, Ricardo III já é o segundo livro do autor que leio esse ano, ainda pretendo ler mais dele nesse semestre.Ah, esse é mais um livro do desafio da Rory Gilmore books challenger, dentre os 340 escolhi alguns clássicos para ler neste ano, assim que chegar a marca de 10 livros lidos do desafio, faço um post mega especial.

 
As páginas são brancas, a fonte é pequena e tem ilustrações ao decorrer das cenas, além de ter um prefácio sobre a guerra das rosas, apresentação e comentários ao final, o que me ajudou bastante a me ambientar e também a compor a resenha.  

Autor: William Shakespeare 
Número de páginas: 197
Adaptação: Luiz Antonio Aguiar
Ilustrações: William Côgo 
Editora: Difel 

Ricadro III é um drama histórico em cinco atos escrito pelo dramaturgo inglês William Shakespeare entre 1592 e 1593, o qual se baseou na história verdadeira do rei Ricardo III da InglaterraÉ também a segunda mais extensa peça de Shakespeare, superada apenas por Hamlet.
 A obra retrata a ascensão maquiavélica de Ricardo III e sua eminente queda, nessa peça podemos ver que tem o elemento de que o mal e o seu "portador" é feio, grotesco e mais que extremo da manipulação. Como a ganância e sede de poder pode deixar um rastro enorme de sangue, e infiéis ao reino que surge de traições, abusos e manipulações. 

Ao ler Ricardo III o leitor com menos bagagem literária terá a impressão de que não basta de uma história repetida e clichê, e essa é a grande 'sacada' desse livro, haja vista Shakespeare influenciou diversos autores de diversos períodos, e muito das narrativas de fantasias seguiam uma influência muito forte, até mesmo desenhos animados do século passado tem pequenas influências estruturais.

A leitura é fluida e imersiva, quando a história começa a ser narrada já tem acontecimentos trágicos acontecendo, deixando o leitor com sensação de acabou de chegar na história que já estava sendo contada, do meu ponto de vista foi divertido e bem peculiar. O tempo não é linear, ora tem lembranças além de os acontecimentos levarem tempo tanto para serem planejados e executados, se o leitor não tiver detida atenção cairá no erro de achar que os eventos ocorrem rápidos de mais ou na mesma semana. 

Os personagens são bem profundos para uma peça, Ricardo é personificação da vilania, da tirania, justifica-se seus erros ora por sua deformação e deficiência, alegando-se até mesmo que nasceu com características medonhas pelo mal que havia já corrompido-o no ventre da mãe. Ricardo é um personagem que apesar de ser detestável, tem suas peculiaridades e por vez chama atenção durante a leitura. 
As personagens femininas apesar de estarem a mercê da sociedade e igreja patriarcal da idade média, têm suas ambições e conspirações, contudo ainda são vistas como frágeis, inocentes quando mais jovens, no caso de Ana, ou megeras como rainha Margareth e ambiciosas com toque de vilania como rainha Elizabeth, mesmo com perfis considerados hoje clichê e um tanto machista são bem compreensíveis para época em que foi escrita a peça. Enquanto os homens apesar de traírem um são extremamente leais à outro, ou são bons homens inocentes de seus atos, mesmo que pecaminosos aos olhos da igreja, e claramente são os personagens que detém o foco narrativo. 

Dessarte, essa peça possui muitas crítica sociais à Inglaterra do tempo de Shakespeare, além de ter influencias das tragédias gregas, com hseróis amaldiçoados pelos deuses, presságios de mortes e maldições sendo lançadas por mães desconsoladas. Sem sombra de dúvida esse livro deve ser uma leitura obrigatória para todos os tipos de leitores, pois nessa história lemos sobre a tirania, a vilania, e como a ganância e sede de poder e prestigio pode separar uma nação e fazer um reino ruim em diversos aspectos, principalmente politica, social e emocional tanto da população quanto da corte. 

8 de jul. de 2019

Book Tag| 50% de 2019

Todo ano faço um balanço do que li no ano e do que ainda pretendo ler nos próximos meses, ver o que mais gostei ou não, acho que todo mundo que é apaixonado por livros faz isso; bem tecnicamente o post está atrasado, mas o que vale é a intenção. Ano passado também fiz esse tipo de post, caso você queira ler basta clicar aqui. Os livros com resenha estarão lincados. 

1. O melhor livro que você leu até agora
Eu favoritei ao todo oito livro dos 40 que li, estou um pouquinho decepcionada pois queria ter favoritado mais livros, acho que é porque li muitos livros técnicos e biografias, veja minha lista de leituras do ano aqui! Mesmo dentre esses ainda não tenho um "melhor leitura do ano".

2. A melhor continuação que você leu até agora

Ainda estou terminando a série Trono de Vidro, li o terceiro livro, A herdeira do fogo, acho que foi a unica continuação que li até agora e sou muito suspeita para falar da série kkkkk

3. Algum lançamento do primeiro semestre que você ainda não leu, mas quer muito?

Para ser sincera são poucos livros do primeiro semestre me interessaram realmente e acho que foi Ponti e O construtor de pontes, ambos da editora intrínseca. 

4. O livro mais aguardado do segundo semestre?

Acho que Diário de Nisha da Dark Side, que pelo que entendi é uma história com fundo árabe e desde 2018 estou lendo um pouco de histórias assim, e também, quero muito O labirinto do Fauno, é um dos meus filmes favoritos. 

5. O livro que mais te decepcionou esse ano?

Esse ano não tive uma leitura tão ruim, mas um dos livros que dei uma avaliação bem baixa foi Lolitas,  uma HQ brasileira, e O assaninato de Roger Ackroyd da Agatha Christie , e estou terminando de ler Confissões do crematório em E-pub e não foi nada do que eu esperava, mas não quero abandonar esse livro visto que já estou quase no final. 

6. O livro que mais te surpreendeu esse ano?

O que o sol faz com as flores, é um livro de poesia que me surpreendeu bastante devido aos temas contemporâneos e sua abordagem, além de que é um tipo de livro totalmente novo e diferente para mim. 

7. Novo autor favorito (que lançou seu primeiro livro nesse semestre, ou que você conheceu recentemente)

Minha nova autora favorita é nacional, conheci essa semana seus livros, Ana Fagundes Martino, li A casa de vidro, que fiz resenha só no good reads, pois o livro é uma novela, sendo assim é bem curtinho. Enfim, a escrita da autora é envolvente e bem mágica. 

8. A sua quedinha por personagem fictício mais recente?

Huuumm não tive uma quedinha por nenhum dos personagens, e olha que li bastante, mas não tive um personagem que me arrebatasse. 

9. Seu personagem favorito mais recente?

Acho que me diverti bastante relendo Crepúsculo, me divertir com a Bella, mas ela não chegou a ser minha favorita e também não consegui imaginar algum personagem que fosse meu  favorito até agora...estou com problemas sérios kkkk 

10. Um livro que te fez chorar nesse primeiro semestre?

No primeiro semestre eu estava muito chorona e quase chorei em todos livros kkkk 
Mas o que me fez chorar foi A cura de Schopenhauer

11. Um livro que te deixou feliz nesse primeiro semestre?

Nossa, dos livros que eu li, nenhum me deu quentinho no coração, li muitas biografias, clássicos e alguns livros técnicos,  então vou ficar devendo. 

12. Melhor adaptação cinematográfica de um livro que você assistiu até agora?

Não assisti nenhuma adaptação (de novo) até agora, quer dizer assisti Aniquilação essa semana de novo, mas o filme é melhor do que o livro. 

13. Sua resenha favorita desse primeiro semestre (escrita ou em vídeo)?

Minha resenha favorita que escrevi foi Crepúsculo, fiz uma análise psicológica dos personagens e me diverti bastante. Minha resenha em vídeo favorita foi do Ler antes de morrer Amor e outros Demônios de Gabriel Garcia.

14. O livro mais bonito que você comprou ou ganhou esse ano?

Acho que as edições de coleção da editora Abril que adquiri em uma sebo perto de onde moro, elas são de capa dura bem lindas. Ah, mas o livro que li até agora com a capa mais linda, linda foi A casa de vidro.

15. Quais livros você precisa ou quer muito ler até o final do ano?
 Essa sempre é uma lista grande, mas dentre os livro que quero ler estão os clássicos: Mrs Dalloway, Ana Karenina, Guerra e paz, Jane Eyre dentre outros, assim como os livros da lista da FUVEST, fora uma lista de livros que ainda pretendo ler hehehe. 




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Razão e sensibilidade, Jane Austen

Esse é o segundo livro da maratona literária de inverno 2020 que termino, e como o escolhi para o desafio certo! "Um livro suspeito  de...