Confissões no crematório: Lições para toda a vida, de Caitlin Doughty

Passei na faculdade!!! vou estudar microeletrônica em uma faculdade pública de São Paulo 
(Não vou citar nomes kkkk), estou mega feliz por isso, além de outras pequenas coisas ter acontecido comigo, como comprar livros novos, bom, tudo tem sido bem bagunçado na minha vida até agora, espero conseguir deixar tudo bem mais certinho, principalmente com a faculdade agora. Enfim voltando ao livro...

Título Original: Smoke get in your eyes and other lessons from the crematory 
Autora: Caitlin Doughty 
Número de páginas: 256
Editora: DarkSide 
Onde comprar:Amazon

Quando Caitlin morava no Havaí e tinha apenas 8 anos o seu primeiro contato com a morte foi firmado. Ela estava no shopping quando viu uma garotinha morrer após cair de uma altura de 10 metros. Com isso, ela ficou com um grande medo da morte. Depois desse trauma Cat passou a ver a morte em tudo e adquiriu comportamentos obsessivo-compulsivo e rituais, acreditando que assim evitaria mais transtornos. Ela nunca falou sobre tudo aquilo que sentia e acabou guardando para si tudo que estava pensando sobre o que viu. Esses fatos foram decisivos para despertar nela uma curiosidade sobre o tema, como forma de superar tudo que aconteceu.
Agora em São Francisco, com 23 anos, ela passa a trabalhar como operadora de crematório no Westwind Cremation & Burial. Lá, sem nenhuma experiência na área, o seu chefe Mike passa a ensiná-la tudo que sabe sobre esse mundo mórbido e que está tão presente em nossas vidas, mas que preferimos ignorar. Além do chefe ela conta com a ajuda de Chris, um senhor mau humorado, mas que é uma boa pessoa e responsável por buscar os mortos. Ele acaba sendo parceiro de Cat em diversos serviços e ela aprende com ele muito mais do que o esperado.
Esse livro com certeza é necessário, principalmente com uma sociedade moderna que recusa-se a falar sobre a morte, que tenta de todas as maneiras esconde-la, disfarça-la ou ludibriar desde os mais novos, e até mesmo os mais velhos membros, dizendo ou que foi para um lugar melhor, ou para as crianças diz-se que os nossos  mortos viram estrelas ou algo parecido. 
Um dos questionamentos que a autora faz no livro, além do famoso "disfarçar a morte ou evita-la", o por quê de não leva-la como uma condição inerente à humanidade? Hoje tem-se medo do que acontece com o corpo assim que o ente querido morre, assim como também por muitas, mas muitas mesmo, pessoas que não entendem como os próprios corpos funcionam, e como é a proliferação de doenças, é impressionante os relatos da autora, que funcionam como um diário, que explica os procedimentos funerários, haja vista que também discorre sobre rituais mortuários em diversas culturas ao redor do mundo, seja antiga ou moderna,  dando um el passant até mesmo na cultura indígena brasileira. Apesar de não ter tornado-se meu livro favorito, foi uma leitura muito interessante e relevante.

O livro, portanto, é uma leitura fluida, com um tema pertinente à atualidade e muito discutível, vamos morrer um dia e não tem mal algum em falarmos sobre isso, assim como não tem problema termos rituais diferentes que nos aproximem do morto e não dos distancie; deixo minha recomendação de leitura.

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