Cada livro que escolho sempre é bem pensado, sempre são livros que estou com muita vontade de ler, certamente são aqueles que sei o quanto irão me impactar a ponto de mexer com alguma coisinha dentro de mim e, em certos aspectos, coisinhas das quais a primeiro momento nem saberei explicar direito...Como você já percebeu, estou bem atrasada com esse post, inclusive irei fazer sobre os livros de dezembro em breve, mas vamos focar nessa lista atual.
Nesse post trago mais recebidos em parceria com a Livraria Unesp, localizada no número 108, Praça da Sé, Centro, São Paulo. Como sempre digo por aqui, é sempre com muita alegria e empolgação que trago os livros dessa parceria, poder escolher os títulos é extremamente importante para mim. Lembrando que temos cupom de desconto de 15% com: jessica15. Aproveitem para adquirirem seus exemplares com desconto!
Escrito às vésperas do colapso da Bolsa de Valores de Nova York (1929) e publicado em Viena no ano seguinte, O mal-estar na civilização é uma penetrante investigação sobre as origens da infelicidade, sobre o conflito entre indivíduo e sociedade e suas diferentes configurações na vida civilizada. Este clássico da antropologia e da sociologia também constitui, nas palavras do historiador Peter Gay, “uma teoria psicanalítica da política”. Na tradução de Paulo César de Souza, que preserva a exatidão conceitual e toda a dimensão literária da prosa do criador da psicanálise, o livro proporciona um verdadeiro mergulho na teoria freudiana da cultura, segundo a qual civilização e sexualidade coexistem de modo sempre conflituoso. A partir dos fundamentos biológicos da libido e da agressividade, Freud demonstra que a repressão e a sublimação dos instintos sexuais, bem como sua canalização para o mundo do trabalho, constituem as principais causas das doenças psíquicas de nossa época.
Escolhi esse livro por todo seu contexto e importância para a literatura das áreas mencionadas, além disso, acredito que ler algo do Freud, um dos grandes nomes que mudou o pensamento ocidental completamente, é sempre bom para a bagagem intelectual e cultural.
Escrito com uma voz única, O álbum branco é um mosaico jornalístico e ensaístico do cotidiano americano de uma época fundamental para os Estados Unidos e o mundo. Um dos maiores clássicos do gênero, seu poder de surpreender e informar o leitor se mantém igual mesmo após décadas de sua publicação original.
Escolhi junto à livraria essa obra por conta de duas resenhas incríveis e que de algum modo senti que irá tocar-me em algo que também não saberei explicar de início e precisarei de algumas páginas do meu diário para escrever e refletir sobre...Sim, já estou prevendo uma resenha extensa sobre essa obra.
O surgimento de Perto do coração selvagem, em 1943, causou grande impacto no cenário literário brasileiro, proporcionando à autora aclamação imediata da crítica e de seus colegas escritores.
Houve quem encontrasse no livro a influência de Virginia Woolf, ao passo que outros apostavam em Joyce, seguindo a falsa pista da epígrafe da qual Clarice pinçou seu título: "Ele estava só. Estava abandonado, feliz, perto do coração selvagem da vida." Ambos os grupos estavam errados, apesar do uso do fluxo de consciência pela escritora estreante a justificar tais correlações. Ocorre, no entanto, que esse havia sido um achado natural e espontâneo para Clarice Lispector, que admitiu como única influência neste caso O lobo da estepe , de Hermann Hesse. Não em termos estilísticos tampouco por se identificar com o caráter do protagonista, mas sim por compartilhar com ele e, sobretudo, com Hesse, o desejo imperioso de romper todas as barreiras e ultrapassar todos os limites na busca da própria verdade interior. Anseio personificado pela personagem central, Joana, com uma expressão que se tornou célebre: "Liberdade é pouco. O que desejo ainda não tem nome."
Íntima e universal, destemida e secreta, Joana "sentia o mundo palpitar docemente em seu peito, doía-lhe o corpo como se nele suportasse a feminilidade de todas as mulheres" e ela destoava do sistema patriarcal em que se encontrava inserida da mesma forma que Clarice se distanciava da literatura de seu tempo, ainda dominada pelo regionalismo e o realismo. Ambas, autora e protagonista, eram forças divergentes, porém não dissonantes, já que introduziam uma nova musicalidade, uma harmonia própria, poética e triunfal, na aspereza circundante, enquanto buscavam "o centro luminoso das coisas" sem hesitar em "mergulhar em águas desconhecidas", deixando o silêncio e partindo para a luta. Deste embate à beira do íntimo abismo, Joana torna-se uma mulher completa e Clarice, uma escritora singular e inimitável.
Acho que nem preciso falar o porquê de ter escolhi a Clarice, afinal uma grande mulher, uma grande autora da nossa literatura e extremante avassaladora! Estou extremamente ansiosa por essa leitura, estou feliz em dizer que finalmente estou de férias e espero que tudo ocorra bem, irei me planejar para passar dias apenas lendo e respirando...Uma férias merecida depois desse ano conturbado que passei e tive a oportunidade de registrar algumas coisinhas por aqui.
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