Herdeira do fogo (Trono de vidro Vol. 3) Sarah J. Maas

Esse é um post conjunto, a Carla do Nem te conto um conto, também postou uma resenha da Herdeira do Fogo, não deixe de conferir.♥️

As postagens voltarão a terem mais frequência ao decorrer da semana já que voltei de viagem; mas falando dessa leitura, continuando com a série Trono de vidro, Herdeira do fogo é escrito em um ritmo lento, demorei muito para terminar esse livro, três semanas para ser exata, além de ter saído de viagem, o que atrapalhou minhas leituras do mês, mas agora estou pegando novamente o ritmo e já estou terminando mais um livro. 

Título original: Heir of fire 

Autora: Sarah J. Maas 

Tradução: Mariana Kohnert

Número de páginas: 517

Editora: Galera 

Minha avaliação no Goodreads

Presa ao juramento que fez a Nehemia, Celaena procura a rainha féerica e sua tia, Maeve, para aprender os segredos da magia, encontrar respostas sobre as chaves de Wyrd. Enquanto treina com Rowan, um príncipe, irascível, que leva a protagonista a exaustão física e emocional. Celaena descobre uma batalha de proporções épicas se avizinhar, uma que poderá escravizar a terra. 

Nas distantes montanhas Canino Branco, as bruxas tanto do clã Dentes de ferro, quanto suas rivais, treinam enormes serpentes aladas para se integrarem ao exército do rei de Ardalan.

Esse terceiro livro correu em um ritmo diferente, bem mais lento comparado aos outros, apesar de Celaena ser a protagonista principal de todo o enredo da série, o livro teve foco acentuado tanto em Dorian, que está bem mais maduro e buscando respostas sobre sua magia, quanto no capitão da guarda real, Chaol, além de termos novos personagens, novos protagonistas, como Manon, que logo de principio irá conquistar o leitor, não por ser a mocinha, mas sim por sua história e determinação. 

"tanta pobreza e falta de esperança....e desespero. Isso torna as pessoas perigosas, dispostas a arriscar qualquer coisa para conseguir mais um dia de vida" - Página 235

Herdeira do Fogo não tem uma narrativa linear, visto que tem Flash backs de Celaena, tem também diferentes núcleos de protagonista, narrado em terceira pessoa. Apesar de ainda a escrita da autora está fluida, o enredo é lento e alguns plots são previsíveis. Todavia, os personagens tem um crescimento e amadurecimento nesse livro, os novos que são introduzidos a trama também há um certo aprofundamento, os acontecimentos da história começam a se afunilar para a derradeira batalha, e também a autora trabalha bem mais a mitologia da série e como misteriosamente a magia foi sumindo de Ardalan. 

A escritora tentou algo diferente nesse terceiro livro da série, mesclou alguns estilo, contudo deixou de fazer descrições mais precisas, de paisagens por exemplo, e teve muita repetição de "mesmas expressões" e na edição brasileira, teve muita repetição de termo, outro contraponto muito alto nos livros da J. Maas, é que ela não confia na intelectualidade do leitor, ela sempre precisa reafirmar observações óbvias e contextos que o leitor da série já sabe e está situado, afinal de contas este é o terceiro livro. 

"Encheria o mundo com aquela luz, com a luz dela -o dom dela. A jovem acenderia a escuridão com tanta força que todos aqueles que estavam perdidos ou feridos ou partidos encontrariam o caminho até lá, um farol para aqueles que ainda viviam no abismo." -página 434

O livro trás temas como autoconhecimento e aceitação, autocontrole, representatividade LGBT, crítica, apesar de ser pequena e ter poucas citações, o papel da mulher e conservadorismos, pobreza e governo autoritário e  preconceitos raciais.

Destarte, o livro dividiu minha opinião, se por um lado gostei como diversas coisas foram trabalhadas, como alguns personagens, representatividade LGBT (como o segundo livro também trás isso) fluidez do texto, e até certo ponto a mitologia,  por outro desgostei desde falhas na impressão, que são muitas nesta edição, à muitas outras coisas como  descrições vagas, ou as vezes extensas desnecessariamente, mas em suma gostei do livro, gostei da leitura e me divertir bastante ao lê-lo apesar de suas falhas, afinal nem toda obra é perfeita.  

Resenhas da série:

Trono de vidro

Coroa da Meia-noite