28 de fev. de 2023

Resenha: Gosick Vol. 1 e 2 (Mangás)

Essa ano uma das minhas metas é ler mais mangás, então um das primeiras séries que estou acompanhando é Gosick é uma série de light novel japonesa escrita por Kazuki Sakuraba e ilustrada por Hinata Takeda. 


A história de Gosick acontece no ano de 1924 em uma pequena nação fictícia europeia francófona, denominada Saubure. O anime se concentra em Kazuya Kujo, o terceiro filho de um Soldado Imperial Japonês, que está estudando por intercâmbio na Academia Santa Margarida, onde as lendas urbanas e histórias de terror são um assunto comum. Ao conhecer a Victorique, uma garota linda e misteriosa que nunca aparece nas aulas e passa todo o seu tempo na biblioteca, devorando todos os livros ou resolvendo mistérios que os detetives não conseguem resolver, começa a desenvolver uma amizade com a garota que adora solucionar os casos que Kujo trás para a garota. 

Uma história bem Sherlock Holmes colegial. Acompanhamos a história de um jovem japonês no período entre guerras em um colégio de elite europeu. Ele é extremamente excluído por seus colegas por não ser branco, colocam apelidos e estereótipos e nesse meio tempo ele acusado de assassinato por ser encontrado no local do crime desmaiado. Uma colega bolsista genial que vive afastada dos outros e enfiada na biblioteca torna-se sua amiga e tenta ajudá-lo a solucionar o crime que está envolvido. O primeiro volume temos algumas respostas às investigações, porém a história é bem clichê, algumas coisas são bem jogadas na história, talvez seja porquê eu não gosto das histórias do Holmes.

Ademais, não sei se irei seguir essa série, bem provável que eu leia o próximo volume, pois é um mangá divertido, e apesar de ser clichê, é bem fluido e amei demais os traços, uma das protagonistas é toda no estilo lolita , super fofa e delicada (além de ser viciada em doce). A amizade da Victorica e do Kujo é fofa e começa a ter um desenvolvimento maior a partir do segundo volume. Enfim, é um mangá divertido e que dá para passar o tempo, mesmo não sendo um dos meus favoritos não tenho coragem de falar que é horrível, criei um laço afetivo com ele!!


 

27 de fev. de 2023

Resenha: A vegetariana, Han Kang

 Yeonghye deixa de comer carne depois de uma série de pesadelos aterrorizantes, mas não somente isso, ela fica cada vez mais distante emocional e psicologicamente de todos a sua volta, inclusive seu marido, e certamente isso impacta sua relação com todos os membros da família. Todos a julgam por não comer carne, e muito menos cozinhar para seu marido, ao longo do enredo vemos o quanto a mulher é subjugada pela sociedade às vontades do patriarcado, o quanto a relação da comida é também uma identidade nacional e social!


Foi uma leitura extremamente envolvente, que me prendeu do inicio ao fim, além disso me fez ficar o dia todo lendo, o que me fez terminá-lo em uma tarde. No início da história temos a narrativa sendo contada pelo marido de Yeonghye, intercalada com alguns pensamentos da protagonista. Em todo o momento o marido demonstra ser egoísta, preocupa-se apenas em como sua esposa deveria ser uma boa dona de casa, o quanto ela deveria cozinhar para ele e se apresentar perante a sociedade. O mais assustador é que ele não demonstra nenhum sinal de empatia pela própria esposa, apenas transborda a preocupação do quanto ela deve estar disponível, desse modo vemos um exemplo do quanto é exposto a condição da mulher perante a sociedade sul coreana e mesmo sendo um país moderno, o quanto está preso em dogmas patriarcais.

Outrossim, tal condição é reforçada quando há uma mobilização da família que preocupa-se, em primeira instância, fazer com que Yeonghye cozinhe carne ao menos para o seu marido, para posteriormente demonstrarem uma "preocupação" estranha em fazer com que ela coma carne, como se fosse o fim do mundo não comer, ou como isso a deixava "menos" coreano por causa disso.

 A primeira parte do livro apresenta alguns personagens e como eles reagem a Yeonghye, julgam-na pela dieta vegetariana e recorrem a várias falas "clichês" de quem come carne e não conhece absolutamente nada sobre uma dieta baseada em vegetais, além de alguns atos extremamente violentos. 

"Gritos e choros se sobrepõem e ficam encravados aqui. É por causa da carne. Comi carne demais. Todas essas vidas estão entaladas aqui." página 50

Ao todo o livro é dividido em três partes: A vegetariana; A mancha mongólica e por fim Árvores em chamas. A narração da primeira é pelo marido, e as outras duas são narradas e em terceira pessoa, todas as partes têm um foco narrativo em alguém próximo a Yeonghye e toda a narrativa, então, é "contaminada" por esse ponto de vista alheio sobre a situação da vegetariana.  Salvo os fragmentos de pensamento dela, não temos um contato mais direto com a personagem, um recurso impressionante para falar sobre o lugar que ela se encontra não tendo direito sobre sua vida nem sobre seu corpo, exceto os pensamentos.

Há diversos elementos, ademais, substanciais na narrativa e que enriquecem demais a obra, como a alimentação está ligada as relações interpessoais da personagem, isso fica evidente desde o inicio, conforme o marido descreve o relacionamento deles e como o ser vegetariana impactou a dinâmica do casal, posteriormente o da sociedade e família.

Não se engane, portanto, com o título achando que trata-se 'apenas' do vegetarianismo abrupto da personagem, há muito, muito mais (mesmo) a ser lido nessas páginas, é sobre a sociedade, saúde mental, o fio entre sanidade e insanidade, é sobre patriarcado, é sobre dominação de corpos, são relações quebradas que se obrigaram a permanecer juntas, é ato de ser humano. Com toda certeza um livro que me emocionou, me tocou de uma forma muito grande, sem dúvida foi uma das melhores leituras de fevereiro e um dos favoritos do ano!

23 de fev. de 2023

DIÁRIO2023 | Meu aniversário: Aquariana com ascendente em aquário

 

Haruhi Suzumiya


O tempo voa.. como sempre dizemos e quase incansavelmente! A vida passa tão rápido, por isso devemos nos dedicar a ela ao máximo, há coisas que merecem mais energia, outras nem tanto e podem ser deixadas de lado. Eu pensei muito sobre como gostaria de levar a vida nesse ano e como estou levando atualmente, o que gostaria de manter e mudar, e.... alerta de spoiler, quero mudar muita coisa.

Estou me dedicando a escrita do meu diário, quase todos os dias eu escrevo, não deixo intervalos muito grande entre o relato dos dias. Estou muito feliz, pois considero que estou fazendo uma boa quantidade de postagens tanto aqui no blog, tanto lá no canal comparando com o ano anterior.
 
Sobre literatura, estou com um caderno de leituras agora, tenho algumas metinhas também, inclusive continuo com a meta de 50 livros ao ano; e para a organização da minha vida no geral estou usando um planner. No quesito saúde estou aos pouquinhos voltando a fazer yoga, além de estar comendo mais comidinhas veganas, enfim, estou mudando muita coisa e muitos hábitos, principalmente porque fiquei bem doente semestre passado.

Estou atualmente passando por uma transição de estilo, estou finalmente me jogando na moda japonesa Kawaii que tanto aprecio, sim sou uma kawaii!! mas por muito tempo não consegui assumir essa moda, tive medo de muitas coisas, fora que desde adolescente as pessoas me enchiam o saco por usar rosa ou laços... com o tempo fui deixando de ser quem eu sou e a roupa para mim é parte fundamental de quem sou. Durante muito tempo senti que parte de mim estava sendo excluída do 'existir', sendo assim, esse ano estou decidida a renovar meu guarda-roupa, a me renovar e abraçar quem eu sou em todos meus aspectos!

Meu aniversário passei na Liberdade, comprei várias coisinhas, foi na segunda semana de fevereiro, compre algumas roupinhas kawaii, comi comidinhas japonesas com meu companheiro, tomamos sorve e passeamos pela Liberdade, foi encantador!

Enfim, esse é um resumão do meu aniversário e o quanto estive pensando em viver a maneira que sempre quis! Não importa quantos anos tenhamos, podemos nos descobrir com 20, 30, 40 anos.. o importante é viver de forma que possamos ser nós mesmos, que possamos nos divertir, estarmos confortáveis com quem somos!

5 de fev. de 2023

Por que ter um diário?| Eu tenho um diário e acho que você também deveria!

 Um costume que tenho desde criança é a escrita, isso não significa necessariamente que minha escrita seja excelente ou que não tenho dúvidas quanto a gramática, porém com certeza sou uma pessoa imaginativa e observadora. Certamente tendo ser uma melhor observadora, quero viver realmente e não estar entorpecida para as vivências e a vida em si.

Imagem pinterest
 

Ter um diário é uma forma de autoconhecimento, trás mais clareza das emoções, relações e pensamentos que temos. A escrita constante de um diário não somente nos ajuda a nos expressar e saber dar palavras ao que passamos, mas também serve de um registro de nossa vida. Nós estamos passando, atualmente, por inúmeras transições e momentos históricos nos últimos anos, há muito o que presenciamos e muito o que estamos vivendo ao mesmo tempo em tão pouco tempo. Mesmo que não tenhamos uma grande noção de toda a trama política, social e econômica a qual vivemos, algo que talvez seja quase impossível, ainda sim presenciamos muito e temos muito no que pensar, mesmo que seja dentro da nossa própria bolha de vida.

A realidade brasileira é extremamente dura e desigual, a maioria da população está preocupada em pagar as contas do mês e colocar comida no prato e para muitos parece não haver mais do que isso, pois o sistema sufoca e obriga a classe trabalhadora apenas a subsistir. Dessa forma, ter um diário para muitos pode parecer uma bobagem menor, pode parecer algo supérfluo ou simplesmente desnecessário. 

Porém, nesse post quero trazer esse senso de importância, pois ter um diário é preservar fragmentos da nossa memória, é preservar e ter uma identidade! O sistema capitalista tira a nossa identidade, nos faz apenas agirmos como máquinas de força de trabalho e nada mais, e o próprio sistema impõe que ter identidade é para poucos. Nós perdemos quem somos todos os dias que abrimos mão disso, mesmo que involuntariamente, por isso eu tento, mesmo que cansada do trabalho, da faculdade e tudo o que tenho na vida para cuidar, eu necessito cuidar da minha identidade, do meu ser, do que eu crio como o "eu", do que quero ser e tudo o que quero viver.

Todos os dias vivemos muitas coisas extraordinárias, porem são poucas vezes que estamos despertos o suficiente para notar, para sentir e para ter ao menos alguns segundos para ter consciência do que estamos vivendo. Quando foi a última vez que você olhou para as nuvens ou para as estrelas? Quando foi a última vez que você notou o sorriso de uma pessoa totalmente estranha no metrô ou no ônibus? Quando foi a última vez que você se olhou no espelho e se reconheceu como um ser humano que tem vontades, desejos e que tem uma identidade? Quando foi a última vez que você ficou mergulhado/a em seus pensamentos e apenas quis ter aquele momento único com você mesmo/a?

Ter um diário nos torna um tanto mais introspectivos, notamos que também somos seres importantes e que precisamos também de amor, de carinho e acolhimento. O mundo a nossa volta também é importante, também é importante lutarmos por causas sociais e usarmos nossa voz para quem não consegue usar nesse momento, temos um planeta inteiro para cuidar, mas também temos a nós mesmos, precisamos da sensação de estarmos vivos, de termos uma identidade, e precisamos saber que estamos ainda vivos.

Tudo isso que escrevi, portanto, para dizer o quanto um diário é importante e que você também pode e deve ter um diário! O quanto um diário está entrelaçado a nossa identidade e o quanto ele também é um fragmento da humanidade. Durante a pandemia eu comecei a escrever muito mais, quase todos os dias para me ajudar a lidar com a inseguranças, frustrações e os surtos constantes que tive. Hoje não me vejo sem meu diário, e como uma pessoa introspectiva me vejo muito mais segura e abraçada quando estou escrevendo e o quanto consigo compreender um pouco mais esse ninho de gatos brigando que é minha mente. 


3 de fev. de 2023

Resenha: Jane Eyre, Charlotte Bronte| Uma busca por seu lugar ao mundo

Como posso iniciar essa postagem?! Simplesmente foi um dos primeiros livros lidos nesse ano de 2023 e que me fez gastar horas de leitura, fiquei três dias seguidos dessas férias só lendo ele e parando a vida completamente! Fazia tanto tempo que eu não me dedicava à leitura dessa forma, a vida adulta acaba engolindo o que gostamos de fazer e para o sistema capitalista é considerado com "perda de tempo", enfim o foco é na resenha, sendo assim vamos a ela!!

Não me contentei em apenas fazer um vlog de leitura, tive que escrever aqui também!! Jane Eyre foi publicado pela primeira vez em 1847, é considerado por muitos como um marco no gênero de Romance de Formação e inicialmente era dividido em até três volumes. Jane Eyre é a autobiografia ficcional da personagem principal. A narrativa acompanha a personagem, Jane, desde a infância à vida adulta. Durante sua trajetória, ela mora em diversas casas que foram importantes para o desenvolvimento de sua personalidade e de seus valores morais. Em um primeiro momento, Jane é apresentada enquanto uma menina de dez anos, selvagem, desobediente e extremamente impulsiva que vive na mansão de Gateshead Hall sob a tutela de sua tia, a qual manda para uma "escola-orfanato" e vê-se, então livre da jovem. 

A educação na escola é severa, rígida e puni as alunas que não seguem a risca as leis cristã da instituição. Nesse ambiente Jane formará sua personalidade adulta e irá ficar cada vez mais contida, fará amizades com pessoas que serão fundamentais para a sua formação e entendimento da sua condição como mulher na Inglaterra vitoriana. Todavia seu mundo muda drasticamente quando vai ser preceptora de uma propriedade, tudo se abala e as coisas vão precisar mudar, porém algo que não muda, é o quanto ela busca pela liberdade e seu lugar no mundo. 

Apesar desse livro ter feito eu ler durante dias e só conseguir ler, e ter me empolgado demais no mundo literário e aguçado minha imaginação...Não chegou a ser meu preferido. Jane é uma personagem extremamente encantadora, corajosa e várias vezes doce e é feita para a leitora se identificar, pois é uma mulher que tenta encontrar sua identidade, amor, amizade, reconhecimento e sua independência.

Charlotte Bronte, ademais, é uma escritora excepcional no quesito descrição e ambientação, ela descreve muito bem cada cena, o que fica extremamente fácil de fazer um quadro mental do que estamos lendo. Além disso,  há vários detalhes na narrativa e na construção dos personagens é incrível! Admirei muito como a história é narrada em primeira pessoa e como faz a protagonista se aproximar tanto do leitor. Ora, durante a leitura não consegui deixar de comparar com "O Morro dos Ventos Uivantes" da Emily Bronte (Um dos meus livros favoritos), tendo em vista alguns elementos semelhantes entre as obras. Ambos livros citados trás o elemento critico da sociedade, trazem uma criança indesejada agregada à uma família, a qual está imersa em um ambiente violento e hipócrita coberto com o véu do cristianismo, da moral e dos bons costumes. Ambas as crianças nas histórias sofrem muito com a família que estão, seja fisicamente, seja psicologicamente.

Jane Eyre, portanto, é uma obra que embora traga inovação e escândalo para seu tempo, não chega a ser deveras extraordinária, mas indubitavelmente tem seu valor literário. Mesmo gostando da obra num todo, tenho criticas, claro, tanto o começo, quanto o final são extremamente arrastados, o leitor demora para engatar na leitura, talvez esse seja o ponto negativos mais relevantes a sere mencionados aqui.

Os pontos positivos, desse modo, são muitos e excedem os negativos, porém para concluir gostaria de ressaltar a fé da protagonista e o quanto isso a move! A força motriz da protagonista não é somente a busca de sua identidade, independência e de tirar seu sustento como mulher, orfã e pobre, mas sua fé em Deus. Sua fé a move e a consola nas piores situações possíveis, e creio que essa é uma das características mais fortes e que invade o leitor. A mim, por exemplo, me contagiou e me motivou a ter mais fé em mim mesma, a ter mais fé nos caminhos mágicos do universo, é como eu enxergo algo que se aproxima de "Deus". Enfim, foi uma leitura muito boa e envolvente, e que recomendo a todos os leitores do Exploradora de Páginas.


29 de jan. de 2023

Junji Ito: Histórias Macabras do Japão da netflix

Faz tanto tempo que não escrevo sobre algo que assisti, a última vez foi sobre A ilha do medo, um filme incrível e que recomendo de mais para você assisti!! E lembro o tanto que gosto de escrever sobre e compartilhar pensamentos que contenham algum sentindo ou não, então aqui lá vai um post sobre um anime de terror.

Junji Ito tem sido considerado um dos maiores mangakas de terror nos últimos tempos, especialmente por seus mangás de terror sem igual! Eu particularmente  acho a arte dos mangás incríveis e as histórias  conseguem me arrepiar, e certamente esse anime não deixaria de entregar tanto terror quanto esperado, porém tem seus altos e seus baixos! 

Produzido pela Netflix, lançado em 19 de janeiro desse ano, o anime é uma reunião de contos macabros, como o próprio nome já diz, sendo um mais perturbador do que o outro e sempre mexendo com os medos mais inesperados. A abertura achei incrível, adorei o quanto é psicodélica, apesar de ser bem vibe algumas série modernas que provém de outras mídias como Cyberpunk. 

Os episódios, mesmo tendo alguns elementos que os conectam, possuem histórias separadas e não têm uma ordem necessariamente, é quase como se não houvesse um fio condutor para o enredo, mas sempre há algo presente e muito forte: o terror psicológico, acontecimentos extremamente improváveis, a não superação de algo e o elemento sobrenatural. Eu que adoro tudo isso em uma boa história de terro, estou me divertindo realmente e várias vezes me pego confusa com algumas histórias que são apresentadas e parecem não ter um sentido muito claro, além de ter espaço para o espectador poder preencher as (possíveis) lacunas deixadas. 

Ademais, há uma boa dose de violência, o macabro vai além do imaginado e os personagens em pouco tempo, muitas vezes, são aprofundados em pouca cenas com detalhes e comentários de terceiro ou deles mesmos, ou inclusive o cenário e a disposição dos desenhos. Tudo isso nos dá a ideia de quem são os personagens apresentados e um pouco de suas personalidades, mas não do que farão de fato. Aqui em nenhum momento haverá racionalidade, há coisas que são inexplicáveis e simplesmente ficamos com a aceitação do macabro e horror. Enfim, é uma ótima animação, e talvez até seja uma ótima forma do grande público ser introduzido às obras do mangaka, mesmo que nem todos os episódios sejam realmente bons. 



24 de jan. de 2023

Resenha: Contos e lendas nórdicos Vol. 1

 A primeira resenha escrita nesse blog no ano de 2023, apesar de não ser o primeiro livro lido. Pensei durante um tempo (enquanto eu lia esse livro) se publicaria uma resenha aqui no blog...E no fim das contas estou aqui, redigindo esse texto em uma noite de sábado.


A obra reúne histórias dos povos antigos que habitaram o norte da Europa, região que, atualmente, é composta pelos países Dinamarca, Finlândia, Islândia, Noruega e Suécia. Nele, o leitor conhecerá os contos de fadas, lendas, sagas e mitos nórdicos. São histórias cheias de simbologia, cujos personagens são venerados como deuses, semideuses e heróis, e que vão proporcionar uma experiência muito agradável, seja para crianças, jovens ou adultos.

Primeiro volume – Contos e lendas A primeira parte traz contos de fadas mágicos e histórias extraordinárias de autores como Hans Christian Andersen, J. Jakobsen, Peter Christen Asbjørnsen e Jørgen Moe, que falam sobre valores como bravura, coragem, humildade e perseverança. Em suas narrativas a bondade é sempre recompensada. 

É uma leitura rápida e objetiva, os contos são um pouco maiores do que parece ser a lendas, apesar de eu ter levado desde novembro de 2022 para terminá-lo, por uma série de questões, é possível terminar em menos de uma semana. São história extremamente moralizantes, com um propósito didático de ensinar como se viver em sociedade e como respeitar as místicas envolvendo suas lendas. Todavia, com o passar dos séculos os contos envolvendo fadas, gnomos, duendes e outros seres mágicos foram cristianizados. Sim, por de trás dessas histórias de 'contos de fadas' há uma moral cristã fortissíma.

Ao longo do enredo de cada conto vemos, repetidamente, o quanto o "ser cristão" é que vai te salvar de algum apuro, pois todos se dobram ao cristianismo, e mesmo que o protagonista tome uma atitude violenta ou questionável tudo é aceitável, pois em primeiro lugar ele é cristão e em segundo, os tempos são "selvagens" e o mais civilizado é o homem cristão, independentemente do que ele faça. Dessa forma, apesar dessas histórias carregarem a essência mágica e suas raízes folclóricas, elas carregam acima de tudo modificações ocorridas ao longo dos séculos com o proposito pedagógico religioso muito forte, sem dúvida mostrando o que é esperado dos bravos homens civilizados e com uma fé "verdadeira". 

Portanto, foi uma leitura que depois que me empenhei foi rápida e breve, mesmo com o teor cristão, ainda há magia por trás, mesmo que distorcida ela ainda está ali, e também encontramos a origem de várias coisas como a origem do gosto salgado do sal ou de determinada flor que nasce próxima a um lago segundo o povo originário. Não chega a ser uma leitura que eu recomende muito, porém tem lá sua diversão e seus momentos narrativos.



23 de jan. de 2023

Meus livros favoritos de 2022 e duas menções honrosas

Finalmente eu escrevo esse post com a maior felicidade, nem acredito que já estamos em 2023 e nem acredito que já estamos no meio do mês de janeiro, o qual estou aproveitando para descansar e me recuperar de tanto estresse emocional, físico e mental do ano de 2023. Bom, nesse post vou falar de coisas boas: livros, e não qualquer livro, mas sim os favoritos de 2022.


Esse ano de 2022 li poucos livros, ao todo foram 48 além de textos teóricos de literatura e textos acadêmicos para a faculdade. Em meio ao caos consegui encontrar alguma ordem e significado, dentre os que li poucos foram realmente favoritados e adorados, aqueles que lemos com voracidade e ímpeto de engoli-los. Há, contudo, aqueles que farei uma menção honrosa e amai relê-los, são eles:

Frankenstein
Reli em conjunto com algumas amigas da faculdade, eu fiquei muito empolgada e falava toda hora o quanto o livro era incrível e a leitura extremamente imersiva. A obra põe criatura versus criador e propósitos de existência em pauta, além de diversas questões existencialistas, e sobre a natureza do homem, se é bom ou mal, e se é mal é apenas uma anomalia, pois somos feitos a imagem e semelhança de Deus? Através da criatura vemos uma humanidade que julga pela aparência, classe e sexo. 

É um romance de terror gótico com inspirações do movimento romântico, de autoria de Mary Shelley, escritora britânica nascida em Londres. É considerada a primeira obra de ficção científica da história.

Dom Casmurro
Já é a segunda releitura que faço, e sempre acho interessante a forma como o narrador de se apresenta, um ser mesquinho, elitista e com uma visão machista e de posse tanto para com Capitu quanto para as demais personagens que se relaciona de alguma forma. É um livro que não envelhece e trás o podre da sociedade em seus críticos desde o século XIX.

Agora, iriei falar dos livros que ficaram entre os melhores do ano e que me prenderam de uma forma inacreditavelmente gostosa, esses são os que devorei não apenas os li. 

A morte anunciada, Gabriel Garcia Marquez

Li em conjunto com as mesmas amigas que li "Frankenstein" e "As vantagens de ser invisível". A obra conta, na forma de uma reconstrução jornalística, a história do assassinato de Santiago Nasar pelos dois irmãos Vicario, a obra foi publicada originalmente em 1981. É uma história imersiva e que te deixa entorpecido e imersivo na obra, apesar de ser contato como um relato jornalístico o autor foi extremamente sagaz ao tornar a leitura sinestésica e de uma forma com que os acontecimentos parecessem acontecer de forma lenta e te deixa dentro da cena reconstruída.

O diário de Anne Frank, Anne Frank
Ao fim desse livro eu senti como que se eu tivesse perdido alguém próximo, li bem na época das polêmicas envolvendo um certo podcast famoso e deputados federais, algo que me horrorizou de mais. Acredito ser uma leitura obrigatória e recomendo ir sem medo de ler, lembre que foi escrito por uma garotinha de 13 anos até aos seus 15 anos.

1984, George Orwel
Eu mergulhei nesse livro, eu amei demais a construção de personagem, a narrativa, os detalhes e como o personagem tentava descrever tudo o que estava sentindo, o quanto algumas personagens queriam apenas sentirem-se livres e vivos, o quanto queriam uma liberdade que está muito além de poder sair de mãos dadas. Uma liberdade de sentir e de aproveitar momentos de ócios e de apenas sentarem e pararem para processar o que está  à volta deles. É uma obra política, social e que critica também a forma de vida moderna (época do autor) e o quanto estamos distantes da vida.

As bacantes, Eurípides
Um clássico dos clássicos, é uma obra pertencente ao teatro grego, e que marcou a tragédia e hoje influencia a literatura. Foi uma peça que me fez mergulhar nela e amar cada vez mais os estudos clássicos, mexeu de uma forma profundo e que só os livros conseguem fazer.

A história secreta, Donna Tartt
História incrível e ficou muito próxima de mim, pois eu estava estudando grego, latim e literatura clássica na faculdade e foi no primeiro semestre de 2022, então me deu uma empolgação acima de qualquer outra, inclusive eu lia no caminho para a faculdade no transporte público. É uma história que conta sobre o assassinado de um dos integrantes do grupo de alunos do grego, já sabemos na primeira página quem morreu, mas ao longo do livro vamos ler porque ele morreu, como morreu e como seus colegas estão envolvidos nisso, não somente isso, mas saberemos como afeta seus colegas universitários e como se segue a vida deles depois de todo o período letivo.

Corpo, Carlos Drummond de Andrade
Sou apaixonada por Drummond e por poesia, o que tem feito esse amor crescer cada vez mais é a faculdade e como vou entrando em contato com esse tipo de texto através dela. Corpo não é um livro canônico das universidades brasileiras, ou seja não é um livro que iriamos estudar normalmente/"obrigados", porém meu professor de literatura brasileira I quis trabalhar alguns poemas, o que foi a melhor coisa. Eu amei de mais, como o próprio título já diz, vai tratar dos corpos com toque erótico e extremamente poético, mexe não somente com o  imaginário romântico idealizado, mas como se é enxergado o corpo feminino e ao ato sexual em si. É simplesmente maravilhoso e e delicioso.

Carmilla,  Joseph Sheridan Le Fanu.
É narrada por Laura, uma jovem estiriana que conta os dias passados na companhia da misteriosa Carmilla e os eventos estranhos que ocorreram na região após a sua chegada. Um clássico da literatura britânicaCarmilla apresenta a primeira vampira feminina da literatura, criou o tropo de vampira lésbica, inspirou diretamente Dracula (1897) e marcou a literatura gótica. Uma história envolvente, sombria e que beira quase um 'romântico tóxico', sexualidade reprimida e o quanto ceder para os instintos sexuais e atração para o mesmo sexo é extremamente complexo e caótico para uma adolescente do final do século XVIII. 

O lugar, Annie Ernaux
Livro que lançou Annie Ernaux à fama, O lugar, inédito no Brasil, estabelece as bases para o projeto literário que Ernaux levaria adiante por três décadas de consagração crítica e sucesso de público. Nesta autossociobiografia, uma das mais importantes escritoras vivas da França se debruça sobre a vida do próprio pai para esmiuçar relações familiares e de classe, numa mistura entre história pessoal e sociologia que décadas mais tarde serviria de inspiração declarada a expoentes da auto ficção mundial e grandes nomes da literatura francesa como Édouard Louis e Didier Eribon. O resultado é um clássico moderno profundamente humano e original. Extremamente atual, creio que estará dentre os clássicos indispensáveis no futuro, trás questões sociais, familiares e relacionamentos interpessoais delicados e que o sistema capitalista pode separar e quebrar eles, mesmo que dentro do individuo.

São Bernado, Graciliano Ramos
São Bernardo: Como a paisagem árida e impiedosa do sertão nordestino, esta narrativa se vale apenas do essencial. Para o autor, o mundo não libera encantos, as paisagens são apenas pontos de referência entre os quais os personagens se movem. Essa linguagem crua e despojada está fortemente presente nessa obra que tem a força de uma tragédia rural brasileira e conta a história de Paulo Honório, um homem simples que, movido por uma ambição sem limites, acaba por se transformar num grande fazendeiro do sertão alagoano e casa-se com Madalena para conseguir um herdeiro. Incapaz de entender a ótica humanitária pela qual a mulher vê o mundo, ele tenta anulá-la com seu autoritarismo. 

Esse livro representa muito para mim, um dos meu favoritos do ano e do autor, bem como foi tema do meu trabalho de literatura brasileira II na USP, eu realmente mergulhei na história, nos personagens e me deixei levar pela narrativa, foi um livro que me fez transportar para suas páginas e me deixar entorpecida. Fiz análise e tente escrever o melhor possível, não fui ruim, mas também não fui a melhor da turma, no entanto o que aprendi durante o 4° semestre na letras na USP é que é muita coisa cada notinha que tiramos, e que é mais difícil do que tudo tirar uma nota 10 (rindo de nervoso agora). 

22 de jan. de 2023

Desafio literário: Rory Gilmore Book challenge para 2023

Parece que se tornou um clichê entre nós, amantes de livros e de quem faz conteúdo para internet com esse nicho, gostar de Gilmore Girls, e eu estou no meio desse balaio. Adoro a série e como ela está recheada de coisas que eu amo de mais: filmes, livros, estudos e vivencias a base de nossos gostos. 

Produzo conteúdo aqui no blog a cinco anos e durante esse período eu descobrir a série como um lugar seguro para mim, e desde então acompanho e me deixo ser influenciada por ela, inclusive, criei uma página aqui no blog (Gilmore book challenge) para acompanhar o desafio e ir marcando todos os livros lidos. Para quem não conhece, o desafio literário se propõe a ler os 340 livros citados na série, dos quais são citados pelas personagens ou lidos pelas protagonista.

Bom, caso você queira ver todos os livros que já li para o desafio até então sinta-se a vontade para visitar a página que mencionei a cima, pois nesse post vou falar dos livros que pretendo ler durante esse ano de 2023 (eu já até separei no meu caderno de leituras o desafio desse ano). Pretendo ler 12 livros , meio que a separação ficou com um livros por mês, e agora em janeiro por conta das férias, pretendo ler dois ao menos. A seguir você saberá quais livros são e um pouquinho sobre eles, não estão em ordem de preferência nem de leitura pretendida.

Inferno, Dante
Inferno é a primeira parte da "Divina Comédia" de Dante Alighieri, sendo as outras duas o Purgatório e o Paraíso. Está dividido em trinta e três cantos (uma divisão de longas poesias), possuindo um canto a mais que as outras duas partes, que serve de introdução ao poema. A viagem de Dante é uma alegoria através do que é essencialmente o conceito medieval de Inferno, guiada pelo poeta romano Virgílio. 

O amante de Lady Chatterly
É uma novela escrita por D. H. Lawrence em 1928. Impresso confidencialmente em Florença em 1928, não foi impresso no Reino Unido até 1960. A publicação do livro causou um escândalo devido a suas cenas explícitas de sexo. Lawrence fez alterações significativas no manuscrito original a fim de torná-lo mais aceitável aos leitores. Foi publicado em três versões diferentes.

O processo, Franz Kafka
É um romance do escritor checo Franz Kafka, que conta a história de Josef K., que acorda certa manhã, e é processado e sujeito a longo e incompreensível processo por um crime não especificado.

A sociedade do Anel
É o primeiro volume da trilogia O Senhor dos Anéis, escrita pelo professor e filólogo britânico J. R. R. Tolkien. É seguido de As Duas Torres e O Retorno do Rei. Foi publicado originalmente em 29 de julho de 1954 no Reino Unido.

Anna Karenina
É um romance do escritor russo Liev Tolstói. A história começou a ser publicada por meio da revista Ruskii Véstnik (O mensageiro russo), entre janeiro de 1875 e abril de 1877, mas seu final não chegou a ser publicado nela por motivos de desacordo entre Tolstói e e o seu editor, sobre o final do romance. Portanto, a primeira edição completa do texto apareceu em forma de livro ainda em 1877.

O sol também se levanta
O Sol também se levanta gira em torno de de um grupo de expatriados sediados em Paris, inspirado no próprio círculo de escritores e artistas frequentado por Hemingway. O grupo incluía Gertrude SteinEzra PoundPablo Picasso e F. Scott Fitzgerald representantes da geração pós-guerra, uma geração perdida que vagava por Paris sem transformar nada, mas cheia de ambição. Escrito originalmente em 1926 e publicado em 1927.

Otelo, o mouro
Uma peça de teatro de William Shakespeare escrita por volta do ano 1603. A história gira em torno de quatro personagens: Otelo (um general mouro que serve o reino de Veneza), sua esposa Desdêmona, seu tenente Cássio, e seu sub-oficial Iago. Por seus temas variados, racismo, amor, ciúmes, ódio continua dando a obra um tom recente e relevante. 

A casa dos espíritos, Isabel Allende
Primeiro e mais famoso romance da escritora chilena Isabel Allende. Foi lançado originalmente em 1982 na cidade de Buenos Aires pela Editorial SudamericanaClassificado dentro do realismo mágico, este romance histórico incorpora coisas inverossímeis e estranhas ao ordinário. Narrado desde a perspectiva de seus protagonistas, os acontecimentos da trama tratam sobre o amor, a família, a morte, os espíritos, as classes sociais, a revolução, a política, as ideologias e o fantástico.

A redoma de vidro
Único romance da poeta Sylvia Plath. Do campus para um estágio em Nova York. O mundo parecia estar se abrindo para Esther Greenwood, entre o trabalho na redação de uma revista feminina e uma intensa vida social. No entanto, um verão aparentemente promissor é o gatilho da crise que levaria a jovem do glamour da Madison Avenue a uma clinica psiquiátrica.

As virgens suicidas
Romance de estreia de 1993, do escritor norte-americano Jeffrey Eugenides. A história de ficção, que se passa em Grosse Pointe, Michigan, durante a década de 1970, centra-se na vida de cinco irmãs, as jovens Lisboa. O romance é escrito na primeira pessoa do plural a partir da perspectiva de um anônimo grupo de adolescentes que lutam para encontrar uma explicação para as mortes das jovens Lisbon.

Admirável mundo novo
Romance escrito por Aldous Huxley e publicado em 1932. A história se passa em Londres no ano 2540 (632 DF - "Depois de Ford" - no livro), o romance antecipa desenvolvimentos em tecnologia reprodutivahipnopediamanipulação psicológica e condicionamento clássico, que se combinam para mudar profundamente a sociedade.

Jane Eyre, Charllote Bronte
é um romance da escritora britânica Charlotte Brontë publicado em 1847. O livro, que tinha como subtítulo uma biografia, foi lançado originalmente em Londres, pela Editora Smith, Elder & Co., Cornhill, em 16 de outubro de 1847, em 3 volumes, atualmente o romance é comercializado em um volume único. Jane Eyre foi escrito por Brontë com o pseudônimo Currer Bell.



21 de jan. de 2023

Diário2023 #001 | Eu quase tive um Burnout

Eu tenho um costume de escrever quase todos os dias no meu diário pessoal, e agora quero trazer uma coisa nova para o blog que é um diário com conteúdos mais pessoais e íntimos a meu respeito, e obviamente nada muito comprometedor, gosto de escrever para mim mesma e depois lê novamente, e também pretendo deixar um pouco mais de mim na rede infinita de comunicação.

Para o primeiro episódio  escolhi escrever sobre meu esgotamento mental, físico e emocional o qual estou passando. O ano de 2022 foi bem intenso: Foi o primeiro ano ""sem"" pandemia, a vida estava tentando normalizar, uma nova rotina estava se criando e as coisas voltaram ao presencial, além de nos acostumarmos com a mobilidade urbana novamente. As loucuras de Sampa, lidar com o emocional e outras questões sérias da vida adulta, veio também (aos poucos) o lidar com não serei tão produtiva quanto estava no 100% online. Durante a pandemia aprendi a fazer  mil tarefas juntas, a ter uma rotina online e a não depender mais do presencial, no entanto o cansaço foi se acumulando. 

Ao longo do ano de 2022 veio demandas e atividades 100% presenciais, além das que ainda são online e se adaptaram a esse formato, agora havia o estresse do transito, chegar tarde em casa, levantar as 5 da manhã, cuidar da casa, casamento, compromissos religiosos, voluntariado, cursos e tudo o mais...Ao final do segundo semestre eu estava entrando em um colapso muito grande e isso se refletiu nas minhas notas.

A USP é uma universidade bem exigente e isso não é novidade, o rigor acadêmico continuou sendo cobrado e eu já não estava mais aguentando o ritmo, as exigências e tudo que eu preciso dar para os estudos. A vida acadêmica somada a vida pessoal foi um verdadeiro surto! ao longo do ano de 2022 perdi amigos, conheci novas pessoas, conheci novas fronteiras e me ajudou a ver o que quero para minha vida universitária e minha carreira profissional. Parte de mim ainda me cobra por não ter "aproveitado" o suficiente, e outra parte me diz que eu tentei dar o meu melhor naquele momento, fiquei realmente saturada com tudo.

Esse ano, ademais, pensei em novas metas, novas aventuras literárias, novas aventuras acadêmicas (inclusive quero fazer uma iniciação cientifica), mas dessa vez penso em dar o meu melhor respeitando os meus limites. Apesar de adorar uma rotina, adorar fazer mil tarefas e outras coisas mais, pretendo por limites em relações, não exceder o que posso doar de mim para outras facetas da vida e pra outras pessoas e "causas". Enfim, janeiro tem sido um mês de descanso, estou até pegando leve nas leituras para não me saturar e explodir todos meus aspectos como ser humano, e também ainda não comecei meus estudos de férias, muito menos nem fiz cursos de aprimoramento de verão da USP. 



Talvez seja obvio para as pessoas respeitarem o descanso e a si mesmas, ou talvez não. Chegamos várias e várias vezes em nossos próprios esgotamentos mais cedo ou mais tarde, e devemos ter o bom senso de parar antes que seja devastador. Hoje estou com uma rotina mais leve, porém ainda continuo muito cansada, com enxaquecas, precisando dormi mais horas, ler menos e fazer mais atividades físicas... Isso, tentar diminuir drasticamente meu ritmo, atrasa meus trabalhos na internet, meus escritos e outras áreas da minha vida, mas ás vezes precisamos diminuir o ritmo. No momento tento me recuperar e descansar minha mente, mas para mim é extremamente difícil diminuir a regularidade de escrever, ler e querer produzir outras coisas que exigem grande concentração e afins. 

Escrever me ajuda a ter um panorama da minha própria vida, e refletindo em tudo enquanto escrevo e nas conversas que tive com meu companheiro ontem, vejo que esse ano estou querendo me distanciar de certas pessoas, certos eventos e me resguardar beeeem mais, basicamente  é corta umas coisas aqui e ali para fazer o que realmente quero. Ao final desse post, creio estar bem mais leve e conseguindo deixar minha linha de raciocínio bem mais fluida.

19 de jan. de 2023

Chegamos em 2023 : A volta do Exploradora na blogosfera!!!

Demorei de mais para voltar a escrever aqui novamente. Tanta coisa mudou desde a última vez que postei aqui, alias... Tanta coisa mudou desde a primeira vez que publiquei algo nesse blog! E agora me dou conta que o Exploradora de Páginas existe a anos, incialmente com o nome de "Blog de uma nerd". 

O ano de 2022 foi um ano longo, vivi mil coisas dentro dele, aprendi muita coisa, perdi amizades, ganhei novas, vivenciei novas experiências e aos pouquinhos aprendi (e na verdade estou aprendendo) a não ter medo e receio de novas experiências. Para 2023 quero colecionar experiências acadêmicas, quero estar mais presente na faculdade, fazer um voluntariado, sentir e viver minha graduação em sua plenitude!



Ao decorrer dos anos esse blog continua me acompanhando e enquanto o google existir... existirá esse cantinho. Fico imaginando que o futuro da humanidade talvez seja como as distopias que leio e assisto, então haverá um momento em que esse blog e minhas memórias nem estarão pela rede mundial, elas apenas deixarão de existir, serão apenas dados virtuais destruídos com a queda dos satélites e sem humanos ou qualquer outra raça 'inteligente' para operá-los.

Apesar do aparente pessimismo, estou estonteante de feliz por estar viva mais um ano, viva em mais um janeiro e conhecendo o ano de 2023 que promete muita coisa, tanto boas quanto ruins e neutras, tudo depende, claro, do ponto de vista e das realidades individuais. Mas espero o melhor para todos nós. Estou com 25 anos, muitos livros sendo lidos e contatos de 2017 mais ou menos., vivo com o amor da minha vida, estudo na melhor universidade da América Latina (USP), estou em paz comigo mesma em todos os meus aspectos "perfeitos" e "imperfeitos" (conceitos bem subjetivos).

Bom, agora vamos falar de metas! Todo ano eu gosto de estimular algumas metas bem realistas para mim, e como voltei a ter um Bullet Journal nesse ano, pretendo me observar bem mais, assim como o mundo a minha volta! quero tirar mais fotos, vivenciar experiências novas, aprender coisas diferentes e poder cumprir metas comigo mesma (autocuidados e auto respeito)! Dividi minhas metas em quatro grandes áreas da minha vida: A acadêmica; pessoal; youtube; outros (coisas aleatórias e good vibes).

Querido leitor/a não sei se mais alguém além de mim mesma lê esse blog, o qual é uma espécie de diário virtual, mas saiba que mais postagens virão e esse ano pretendo fazer bem mais resenhas e voltar a falar de ficção científica, como era a pegada inicia e objetivo principal desse blog, no entanto, antes de mais nada queria trazer esse "callback" e dar boas-vindas ao ano de 2023 como faço desde que iniciei esse blog!


Enfim, muito obrigada se você apoia meu trabalho seja aqui ou em outra rede.

Leia esse post!

Razão e sensibilidade, Jane Austen

Esse é o segundo livro da maratona literária de inverno 2020 que termino, e como o escolhi para o desafio certo! "Um livro suspeito  de...