A ilha do medo e a repressão do consciente

 

O que você acha pior? Viver como um monstro ou morrer como um bom homem?

Finalmente retornamos a falar de filmes aqui no Exploradora!! O cinema é parte fundamental e indispensável não somente para o entretenimento, mas também para criticarmos e analisarmos o meio em que vivemos, principalmente a realidade em que construímos e acreditamos. A ilha do medo (2010) dirigido por Martin Scorsese, nos faz questionar a realidade, pequenos sinais de que tudo o que está à volta do protagonista é questionável, inclusive seus próprios pensamentos. 

O filme conta a história do agente federal Edward "Teddy" Daniels (Leonardo DiCaprio), que está investigando uma unidade psiquiátrica em Shutter Island depois que um dos pacientes desaparece. Juntamente com seu parceiro Chuck Aule (Mark Alan Ruffalo) se depara com uma investigação misteriosa e cheia de lacunas, que a primeira vista parece jogar o protagonista em um caminho circular.

Esse não é um mero filme de investigação ao estilo Holmes, mas sim um enredo muito bem escrito e que mexe tremendamente com o psicológico, não só do protagonista, mas sim do espectador. Um filme que prende a atenção do início ao fim, cheio de contemplação e com muito recurso visual que integra a perspectiva de Teddy.


Toda a história é sobre problemas psicológicos que se desenvolveram por conta de traumas, inclusive temos a perspectiva de como a segunda guerra mundial destruiu emocional e psicologicamente o protagonista, e o pós guerra é um momento de reabilitação. O filme também trata assuntos como culpa, dor da morte, raiva, indignação com o holocausto, e a importância de tratamento psicológico logo no início que vemos o quanto não estamos bem, que detectamos comportamentos estranhos ou tristeza excessiva, tudo isso antes que algo mais trágico aconteça. 

É um filme que não entrega o que esta acontecendo logo de cara, portanto, há momentos lúdicos, outros extremamente poéticos, a fotografia está maravilhosa e completa (certamente) com maestria a narrativa. Além disso, os efeitos especiais mais "drásticos" são usados para contrastar a mente do protagonista com a realidade em sua volta, também há tons e cores que nos mostram essa dicotomia de mente e realidade. Amei cada minuto assistido e é perfeito para conhecer a direção do Scorsese! Agora me conte leitor, o que você achou desse filme quando assistiu?  

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