28 de fev. de 2025

A paciente silenciosa, Alex Michaelides

Essa foi uma leitura de 2024, como estava distante do blog não fiz uma resenha para registrar, no entanto, como dizem "Antes tarde do que nunca". Essa leitura me deixou extremamente envolvida, li em formato de audiobook, e levei em torno de quase dois dias de tão envolvente que foi.

Apesar de não ser meu gênero favorito, gosto de me aventurar pelos thrillers, policiais e suspense, sendo que basicamente esse livro possui várias características desses gêneros, então é extremamente interessante. Esperei o hype passar, e para muitos li "atrasada", mas ao meu ver, para os livros nunca estamos atrasados e não precisamos seguir os hypes da internet. 



Alicia Berenson tinha uma vida perfeita. Ela era uma pintora famosa casada com um fotógrafo bem-sucedido e morava numa área nobre de Londres que dá para o parque de Hampstead Heath. Certa noite, Gabriel, seu marido, voltou tarde para casa depois de um ensaio para a Vogue, e de repente a vida de Alicia mudou completamente. 

Alicia tinha 33 anos quando deu cinco tiros no rosto do marido, e ela nunca mais disse uma palavra. Ela se recusa a falar ou a dar qualquer explicação, isso transforma essa tragédia doméstica em algo muito maior, um mistério que atrai a atenção do público e aumenta ainda mais a fama da pintora. 

Entretanto, enquanto seus quadros passam a ser mais valorizados que nunca, ela é levada para o Grove, um hospital psiquiátrico judiciário na zona norte de Londres. Enquanto isso, Theo Faber é um psicoterapeuta forense que espera há muito tempo por uma oportunidade de trabalhar com Alicia. Ele tem certeza de que é a pessoa certa para lidar com o caso. No entanto, sua determinação para fazê-la falar e desvendar o mistério de por que ela atirou no marido o arrasta para um caminho tortuoso que sugere que as raízes do silêncio de Alicia são muito mais profundas do que ele jamais poderia imaginar.

O que mais me chamou a atenção é que o enredo está intrinsicamente ligada à peça de Eurípides,  Alceste. A tragédia trás que Admeto realizou um sacrifício a Artêmis antes de seu casamento com Alceste. No entanto, por motivos desconhecidos, ele omitiu tal oferenda, o que despertou a fúria da deusa, levando-a a buscar uma punição imediata. Na noite de núpcias do rei, em vez de encontrar sua bela esposa, ele deparou-se com um gigantesco emaranhado de serpentes. 

Desesperado, Admeto recorreu novamente a Apolo, que interveio em seu favor. A ira foi aplacada após o sacrifício esquecido ser finalmente realizado. Contudo, como condição para recuperar sua amada, o rei foi obrigado a aceitar que, quando chegasse o momento de sua morte, alguém de sua família deveria oferecer a própria vida em seu lugar, como um sacrifício em nome do amor. Basicamente, a esposa de Admeto se sacrifica, e posteriormente ele tenta resgatá-la do submundo, porém em seu retorno ela não volta a mesma, não fala mais.

Enfim, achei que foi uma sacada muito genial colocar essa peça como referencia o tempo todo durante o thriller, isso influencia todo o enredo e as personagens, quem conhece a peça já vai estar mais ou menos por dentro das possibilidades do enredo e um pouco mais sobre a personalidade e psicológico dos personagens. A narrativa é fluida e muito rápida, facilmente conseguimos avançar na leitura. O saldo final foi um livro interessante e que me prendeu do início ao fim durante toda a leitura, mesmo apesar de não achar tão genial ou inovador muitas outras características que o autor trás em sua obra.

22 de fev. de 2025

Tenet | A maior decepção cinematográfica para mim!

Esse ano também estou querendo trazer muito mais post sobre os filmes que assisto, então precisava hablar sobre Tenet, dirigido por um dos meus diretores e roteirista favoritos, porém foi extremamente decepcionante e vou explicar o porquê. 

Também sou fã do Nolan, então não venha se dar ao trabalho de escrever nos comentários que não entendi o longa, principalmente se for um comentário misógino. Eu achei simplesmente o enredo simples demais, e em vários momentos quer se complicar sem necessidade!



Trata-se de um filme de ação e ficção científica lançado em 2020, escrito e dirigido por Christopher Nolan. Estrelado por John David Washington, Robert Pattinson, Elizabeth Debicki, Dimple Kapadia, Michael Caine e Kenneth Branagh, o longa acompanha uma missão complexa para impedir a eclosão da Terceira Guerra Mundial.

Munido apenas de uma palavra, Tenet, o protagonista embarca em uma missão para salvar o mundo, mergulhando no obscuro universo da espionagem internacional. À medida que a operação se desenrola, ele descobre que está lidando não com uma viagem no tempo, mas com um conceito ainda mais intrigante: a inversão do fluxo temporal através da entropia. 

Fiquei bem frustrada, porquê esperava algo extremamente grandioso, filosófico e arrebatador. O enredo achei bem simples, além de não ser algo difícil de se entender, principalmente quando você já está mega acostumado com ficção cientifica e leituras muito mais complexas, como até os grandes clássicos e livros premiados. 

Os efeitos especiais são incríveis, insanos mesmo!! Os diálogos achei um pouco fracos em diversos momentos e falas meio obvias e outras até desnecessárias. Vários detalhes também são fáceis de pegar, detalhes do ziper da bolsa de determinado personagem, trilha sonora ao contrário quando está em inversão, detalhes dos cenários e atuações, fotografia e afins. Há muita coisa incrível, porém tive a sensação de que o filme quis se complicar demais para se pagar de cult.


Postando opiniões impopulares hoje nesse post, faz literalmente anos que não faço isso! Houve vários momentos incríveis, porém, também houve vários momentos com emaranhados de ideias, conceitos...Uma maçaroca para contar uma história simples. O final foi a pior parte para mim, a cena do conflito final, o climax, que na verdade ficou sem sentido e bem jogado e que não me prendeu, parecia apenas que tinham na cartela várias cenas bem editadas de efeitos e queria colocar em algum momento no filme (elas são bem feitas, mas só isso não basta para mim). Enfim, o filme é razoável, não achei uma obra prima da sétima arte e muito menos me capturou. 

16 de fev. de 2025

Nosferatu (1922) | Quando NÃO gosto de um clássico!

Por conta da nova versão de Nosferatu que está no cinema, decidi assistir finalmente a versão de 1922 na integra. Caso você, caro leitor, não conheça muito bem, em 1922 o cinema era mudo, as atuações eram um pouco mais "exageradas", assim como as caracterizações, pois isso servia de marcadores para o espectador. 

Esse filme é um marco, além disso, é faz parte da subcultura gótica. O roteiro é uma adaptação do clássico romance Drácula, de Bram Stoker (Tem resenha aqui no blog). No entanto, devido à ausência de autorização por parte dos herdeiros do autor para uma adaptação direta, os nomes de personagens e locais foram modificados, preservando, ainda assim, a essência da narrativa original. 


O filme narra a história do Conde Orlok, um vampiro oriundo dos Montes Cárpatos que, movido por uma paixão avassaladora por Ellen, semeia o terror na cidade de Wisborg. Nosferatu é amplamente reconhecido como um dos precursores do gênero de terror no cinema, tendo sua estética visual exercido profunda influência sobre a cinematografia subsequente. Além disso, com seu protagonista de natureza demoníaca e atmosfera inquietante, a obra é frequentemente citada como uma representação autêntica do cinema expressionista da República de Weimar.

Como é um filme baseado em um grande clássico com uma narrativa muito conhecida, atualmente muito explorada, adaptada e readaptada várias e várias vezes, fica em um lugar muito comum para leitores e amantes do cinema do século XXI. Eu gostei de ter assistido, mas não conseguia ver as nuances e sutiliza que a crítica da época viu, ou a discussão que as pessoas trazem sobre, certamente vejo muito do subtexto que está presente na obra original de Drácula, como o repúdio ao estrangeiro/diferente do europeu branco, ou seja, o repudio do "outro". 



É um clássico do cinema que, cometendo muitos anacronismos, eu chego à conclusão de não ter gostado muito do filme em si, porém acredito que também há muita coisa no subtexto e referências da época que eu não peguei. Acho incrível sim como a história foi condensada e como tudo foi transformado em uma narrativa "fabular" e mais fácil de ser assimilada, recontada e penetrar no imaginário. 

Enfim, cheguei no momento o qual me deparo com um clássico e não gosto, não foi algo avassalador, e nem teve um efeito de "explodir minha mente". O que me incomoda e muito mesmo são as características antissemitas no conde Orlock, a associação com os ratos e a doença instaurada na cidade portuária por conta da "doença" desconhecida, pode ter sido consciente ou não. Talvez, só talvez, atualmente não se tenha muito essa leitura, porém, devemos sempre ter um olhar crítico e tomar cuidado para não apagar a histórias e os terrores que acometem a sociedade. Vivemos tempos sombrios, os quais nos exigem ter cada vez mais atenção, crítica e firmeza em nossos posicionamentos! 

Nosferatu não envelheceu bem, não é como outras obras cinematográficas da época que consegui me conectar. Com toda certeza o filme conseguiu trazer os efeitos da estranheza, a desconfiança, ansiedade, dúvida e afins em mim, porém, não me cativou a ponto de amar ou defender a obra, a qual foi produto de uma época e imaginário alemão. Foi um filme que definitivamente foi uma experiência cinéfila e sei muito bem da sua importância para a arte e influencia posterior, todavia, como você está cansado de ler, caro leitor, posso até gostar da estética, entretanto não gostei da obra em si! 



15 de fev. de 2025

Carta sobre a felicidade, de Epicuro (a Meneceu)

Algo que sempre me fez refletir, desde criança, foi o tema da felicidade, o que é ser feliz? Sou feliz? O que é, afinal de contas a felicidade? Já sentiu uma verdadeira felicidade, aquela energia que irradia no corpo, e torna-se um êxtase tão grande que você se sente tão leve que naquele momento tudo já basta por si só? 

A contemplação, a forma como o tempo passa, nossas conquistas e tudo o que compomos e entendemos por sociedade gira em torno de quesitos de sermos felizes, ou a busca pelo ápice! Um lugar onde só lá teremos a verdadeira felicidade, tal lugar geralmente são imposições sociais de outros... E quando construímos esse lugar exclusivo e único, o qual só lá tem essa tal de felicidade, muito provavelmente foi sob influência de algo ou alguém: Criação, algoritmo, mídia, propaganda, religião, questões de raça, classe e "gênero", bem como outras variáveis. 

É um assunto complexo e sempre há mais para se questionar e colocar em xeque. Gosto sempre de entender minhas escolhas e de onde estou partindo e para onde quero chegar. Gosto de saber as influências que estou sob influência.

A carta sobre a felicidade, temos recomendações, de acordo com o que o filósofo crê que leve à felicidade e contentamento, inclusive, temos uma definição do que ela é. Vemos reflexos da sociedade grega, especificamente ateniense, já que o filósofo muda-se para lá desde muito cedo por conta da sua cidadania ateniense herdada do pai. 


No conteúdo da carta temos a exortação de que ninguém hesite em se dedicar à filosofia enquanto jovem, nem se canse de fazê-lo depois de velho, porque ninguém jamais é demasiado jovem ou demasiado velho para alcançar a saúde do espírito. Quem afirma que a hora de dedicar-se à filosofia ainda não chegou, ou que ela já passou, é como se dissesse que ainda não chegou ou que já passou a hora de ser feliz. Também temos concelhos para o equilíbrio, moderação e elevação da mente. 

Algo que essa edição da Editora Unesp possui é um bom texto de introdução. Nesse texto os tradutores destacam que essa carta sobre a felicidade é decisiva para entender a "doutrina de Epicuro", que não é algo desmedido, ou gozo imoderado dos prazeres. Inclui várias explicações, ambientação histórica e por menores importantes para se realizar a leitura. Esse edição é bilíngue, então temos o texto original do grego e sua tradução. 


11 de fev. de 2025

Deixa Clarear, Homenagem a Clara Nunes| Um musical cheio de brasilidades

Querido leitor, você tem, por acaso, uma cantora favorita? Ou uma que marcou demais algum momento da sua vida? Nos últimos anos mergulhei na Música Popular Brasileira, o que me remeteu a infância também, já que meus pais gostavam de ouvir, a frequência dependia de uma série de coisas, já que gostavam muito de músicas internacionais bem variadas e de diferentes épocas.

Clara Nunes também me lembra muito minha irmã. Tenho algumas lembranças de cantarmos juntas na sala dos nossos pais, enquanto dançávamos, riamos e falávamos sobre o poder das plantas na vida. É muito interessante o quanto a música marca nossas vidas, nossas lembranças e como essa magia tem um poder de nos curar. 


Agora em fevereiro, no dia 08, eu e o meu marido fomos assistir ao musical Deixa Clarear, uma homenagem a cantora brasileira Clara Nunes. Foi um espetáculo incrível! Foi um momento de encontros com a arte, com a beleza e com os toques mais humanos e brasileiros que temos!

Estamos em uma época extremamente sombria, cada vez mais governos questionáveis tem ascendido ao poder o poder, e ideias misóginas, racistas, homofóbicas e todo tipo de preconceitos têm tomado forma e poder, e uma peça de teatro que exalta a brasilidade, que honra a ancestralidade, os orixás, denuncia o racismo e as dores dos povos originários é extremamente necessária. 

Ouvir a voz da atriz, sua interpretação, a dança, o enredo do musical, enfim, tudo! Foi encantador, envolvente, ora chorei, ora ri, ora cantei, para enfim sentir a catarse tão esperada ao final da peça. Um jeito maravilhoso de se passar o final de semana na amada cidade de São Paulo. Sim, essa cidade é cheia de problemas políticos e sociais, a desigualdade é gritante e se luta muito para sobreviver, porém é um lugar que gosto de viver e experienciar eventos culturais. Enfim, as dicotomias desse lugar. 


9 de fev. de 2025

Resumo do mês de Janeiro | Pequenos registros do cotidiano

O cotidiano se torna extraordinário. A vida vai passando e nem vemos se deixarmos os detalhes para trás. A vida é dinâmica, tudo acontece e não acontece, as coisas fluem outras estagiam, outras são esquecidas e uma enxurrada de acontecimentos simplesmente se passam como um rio violento em dia de tempestade intensa. Às vezes me preocupo em maior ou menor grau com essa passagem, dependendo do contexto e momento que estou vivendo. 


Janeiro sempre nos dá a impressão de um mês longo, porém, para mim passou rápido, queria ter vivido ainda mais coisas em um único mês. Muita coisa aconteceu, muitos lugares, pessoas, livros, sensações, sonhos e experimentos, além de detalhes pequenos, que não são importantes para ninguém, exceto à mim. 

Nesse post relembro momentos do cotidiano que foram preciosos para mim, e você leitor, que tal relembrar seus pequenos momentos do cotidiano também, quer compartilhar alguma experiência aqui nos comentários? Vou adorar ler!

Eu disse uma frase à um primo beeemm mais novo do que eu, que me impactou imediatamente: 

" Sempre leia um livro, eles são os melhores companheiros, podem nos abraçar, nos aconselhar, e nos tornar fortes" 

Claro, muito provavelmente não foi recebido com tanto impacto por ele, quanto eu mesma fiquei refletindo nessas palavras. É tão interessante o quanto nós refletimos em nossas palavras, quanto elas podem ser mais ou menos poéticas, profundas, e colocam as células cinzentas para agirem.

7 de fev. de 2025

Passeio ao farol, Virginia Woolf

Cada livro que leio da Virginia Woolf me apaixono mais ainda pela escrita dela, pelos personagens e como ela retrata a mulher inglesa do século XX. 

Esse livro tornou-se o meu favorito, ficou comigo por semanas, foi meu companheiro de metrô, de ônibus, de momentos sozinha pela faculdade e solitudes da vida. Woolf sabe tornar a experiência de escrita uma imersão em um mundo completo, e indescritivelmente difícil de se sair. 

Essa resenha está acontecendo graças à parceria com a Livraria Unesp, localizada no 108, Praça da Sé, Centro de São Paulo. Muito obrigada a toda equipe incrível da Livraria Unespe!


Esse livro me acompanhou durante meses, li devagar, sem pressa, fui degustando cada página, cada seção e tornou-se algo sublime! Me senti abraçada por essa obra. O enredo é extremamente profundo e muito bem escrito. 

Considerado o mais autobiográfico dos romances da escritora inglesa Virginia WoolfPasseio ao farol é, como comentou a própria autora em seus diários, uma tentativa de exorcizar a figura da mãe e, em especial, a de seu pai, por quem nutria sentimentos ambivalentes que são analisados em minúcias nesta obra-prima do alto modernismo europeu.

Os Ramsay parecem uma típica família inglesa do começo do século XX, às vésperas da Primeira Guerra Mundial. No entanto, através das lentes impressionistas de Virginia Woolf, temos acesso ao fluxo de consciência de diferentes personagens, mostrando os ressentimentos e disputas que se agitam entre os membros da família.

Neste clássico do modernismo europeu, os principais temas da autora, como a passagem do tempo, a solidão, o lugar da mulher e a função da arte, são explorados com a sutileza ímpar pela qual Virginia Woolf se tornou conhecida. Através de uma escrita que não tem medo de mergulhar no inconsciente dos personagens, Woolf investiga a própria infância e exorciza fantasmas familiares.

Os personagens são intrigantes, principalmente as mulheres! Woolf escrevia e descrevia as mulheres como ninguém! De uma forma extremamente profunda, cheia de emoção, arte e poesia e detalhes emocionais e psicológicos! A primeira guerra mundial fica como pano de fundo até membros da família serem convocados e acontecimentos drásticos mudarem a rotina e os rumos dos Ramsay. Mas o maior foco é as relações entre cada membro, como eles desenvolvem a admiração e afeto, como lidam com as dinâmicas internas e como são como indivíduos. 

A narração é em fluxo de consciência, ou seja, é uma técnica literária (e também conhecida como metáfora psicológica) que possui o objetivo de descreve o "processo de pensamento" de um personagem ou a forma como os pensamentos fluem na mente. Basicamente, é transcrever os pensamentos e emoções de um personagem, de forma a mostrar o seu ponto de vista e a sua visão da realidade como um todo. 

O fluxo de consciência é caracterizado por um estilo de monólogo interior, em que a narrativa flui sem as restrições da gramática e da estrutura de frases. Essa técnica que surgiu com os escritores modernistas, como a própria Virginia Woolf e James Joyce. Tendo em vista essa técnica, conhecemos muito mais dos personagens, é como se conhecêssemos a alma de cada um deles e isso é uma jornada extraordinária. Simplesmente um livro assombrosamente delicioso de ser lido, muito instigante, poético e delicado. Personagens femininas sendo escrita por uma mulher é totalmente diferente! 

4 de fev. de 2025

Noites de sangue e paixão, de Helena Viera

Sou totalmente influenciável em quesito de leitura com blogs de literatura ou pessoas interessantes do meio literário que sigo e acompanho. Vi uma resenha sobre esse livro no blog Uma Pandora e sua caixa, e tratei de adquirir no kindle! Amo, amo vampiros, sou obcecada por eles, tudo o que tiver no meio literário para ler sobre, lerei!!! o que tiver de filme, arte, enfim qualquer coisa, estarei consumindo!!!

Essa é mais uma leitura do comecinho de janeiro, a qual a resenha está saindo apenas agora. No entanto "antes tarde do que nunca"! Esse ano quero resenhar todos os livros que li, podendo ser grandes clássicos, teóricos ou populares, enfim, não importando o gênero literário.

Fiquei ainda mais empolgada por ser uma história sáfica e nacional, certamente tratei de ler! Meu único apontamento negativo é que a narrativa ficou um pouco genérica, até a descrição das personagens é pouco detalhada, para mim chegou a ser vago. Além disso, a "mitologia" da história não é muito desenvolvida. É um conto simples, erótico e bem divertido, ótimo para passar o tempo.

Inimigas por natureza. Amantes por vontade própria. Noites de Halloween carregam mistérios e surpresas. Foi em uma dessas noites que a enigmática e sedutora vampira Samira pôs os olhos em Moira, uma implacável caçadora. Um ano depois, os caminhos das duas mulheres se cruzam novamente. Desde então, elas dão início a uma tradição inevitável.

A vampira e a caçadora começam a se encontrar uma vez por ano, em uma noite que combina desejo proibido e tensão. O que iniciou como uma batalha de vontades rapidamente se transforma em algo mais profundo — uma paixão impossível de ignorar. Mas, com o passar dos anos e a intensidade crescente entre elas, ao longo do enredo vemos que apenas uma noite por ano não é mais o suficiente para sustentar o que sentem.

Não há muito o que falar sem dar spoiler da história. Mas fica a dica caso queira um hot sáfico e vampiresco para passar um dia de chuva sem internet e com a energia oscilando como eu fiz. 







Leia esse post!

Razão e sensibilidade, Jane Austen

Esse é o segundo livro da maratona literária de inverno 2020 que termino, e como o escolhi para o desafio certo! "Um livro suspeito  de...