15 de fev. de 2025

Carta sobre a felicidade, de Epicuro (a Meneceu)

Algo que sempre me fez refletir, desde criança, foi o tema da felicidade, o que é ser feliz? Sou feliz? O que é, afinal de contas a felicidade? Já sentiu uma verdadeira felicidade, aquela energia que irradia no corpo, e torna-se um êxtase tão grande que você se sente tão leve que naquele momento tudo já basta por si só? 

A contemplação, a forma como o tempo passa, nossas conquistas e tudo o que compomos e entendemos por sociedade gira em torno de quesitos de sermos felizes, ou a busca pelo ápice! Um lugar onde só lá teremos a verdadeira felicidade, tal lugar geralmente são imposições sociais de outros... E quando construímos esse lugar exclusivo e único, o qual só lá tem essa tal de felicidade, muito provavelmente foi sob influência de algo ou alguém: Criação, algoritmo, mídia, propaganda, religião, questões de raça, classe e "gênero", bem como outras variáveis. 

É um assunto complexo e sempre há mais para se questionar e colocar em xeque. Gosto sempre de entender minhas escolhas e de onde estou partindo e para onde quero chegar. Gosto de saber as influências que estou sob influência.

A carta sobre a felicidade, temos recomendações, de acordo com o que o filósofo crê que leve à felicidade e contentamento, inclusive, temos uma definição do que ela é. Vemos reflexos da sociedade grega, especificamente ateniense, já que o filósofo muda-se para lá desde muito cedo por conta da sua cidadania ateniense herdada do pai. 


No conteúdo da carta temos a exortação de que ninguém hesite em se dedicar à filosofia enquanto jovem, nem se canse de fazê-lo depois de velho, porque ninguém jamais é demasiado jovem ou demasiado velho para alcançar a saúde do espírito. Quem afirma que a hora de dedicar-se à filosofia ainda não chegou, ou que ela já passou, é como se dissesse que ainda não chegou ou que já passou a hora de ser feliz. Também temos concelhos para o equilíbrio, moderação e elevação da mente. 

Algo que essa edição da Editora Unesp possui é um bom texto de introdução. Nesse texto os tradutores destacam que essa carta sobre a felicidade é decisiva para entender a "doutrina de Epicuro", que não é algo desmedido, ou gozo imoderado dos prazeres. Inclui várias explicações, ambientação histórica e por menores importantes para se realizar a leitura. Esse edição é bilíngue, então temos o texto original do grego e sua tradução. 


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