Coletânea de Paulo Leminski

 Desde 2019 estou lendo mais poesia, desde nacionais como é nesse caso, até contemporâneas como Rupi Kaur, ano passado li Claro enigma para o vestibular, contudo não falei dele ainda aqui no blog, talvez eu releia para fazer uma resenha. Neste post vamos falar de um escritor brasileiro muito talentoso e que deveria ser mais 're-conhecido' pelo grande público, afinal suas obras tiveram maior repercussão durante o século XX. 

 
Seleção feita por Fred Góes, compositor, dramaturgo e professor/doutor em teoria de Literatura da Faculdade de Letras da UFRJ, e Álvaro Marins, professor de Teoria Literatura e Literatura Brasileira da Escola de Letras da UniverCidade/Rio de Janeiro.

Paulo Leminski Filho teve um currículo extenso, professor, escritor, tradutor e crítico literário, nasceu em  Curitiba em  24 de agosto de 1944, e morreu em  7 de junho de 1989. Sua poesia é bastante marcante e característica, assim como Gregório de Matos com sua poesia irreverente e em certos pontos questionável (o que não se aplica a Leminski) que o consagrou como um dos primeiros poetas brasileiros. Leminski, não somente pelo jeito próprio de escrever, com trocadinhos, brincadeiras com ditados populares, influencias do haicai, mas também de abusar de gírias e palavrões, por isso fiz a comparação com Gregório de Matos (mas só no uso dos palavrões mesmo, e sua originalidade na escrita). 

Ademais, suas peculiaridades são instigantes, dão gosto de ler, além de serem bem imersivas e fluidas, tão envolventes com seu estilo e jogo de palavras e significados. A poesia concreta influenciou bastante seu estilo, além da escola modernista, afinal. Poesia concreta, caso você não saiba, caro leitore, é um tipo de poesia vanguardista, de carácter experimental, basicamente a mistura do visual, da estrutura, de acordo com a mensagem, além das palavras, que procura estruturar o texto poético escrito a partir do espaço, lembrando que sempre busca a superação do verso como unidade rítmico-formal, ou seja quebra com a métrica e toda a forma clássica.

Destarte, esse foi meu primeiro contato com o autor e já amei a escrita e a maneira de abordagem e a forma que é transmitida, inclusive temáticas cotidianas como "Por um lindésimo de segundo", ou um pouco mais filosóficas com "O mínimo do máximo".

"A nós, gente só foi dada

essa maldita capacidade,

transformar amor em nada."


A baixo deixo uma entrevista do autor, caso você queira assistir, para conhecê-lo ainda mais, e sua visão a respeito da literatura, contudo, não deixe de ler o livro e se aventurar por águas desconhecidas.

Comentários

Postagens mais visitadas