Canto geral, Pablo Neruda
Trago finalmente, hoje, a reseha do livro que me levou mese, me incomodou por estar tanto tempo ao lado da minha cabeceira, não é um livro fácil de ser lido, por haver tantas palavras cruas para citar a desolazção causada pelos colonizadores as americas, por tanta brutalidade e caos deixados pelos ditadores sul-americanos durante o século XX. Vamos agora embarca à uma resenha satisfatória de Canto geral de Pablo Neruda.
Canto geral foi elaborada em circunstâncias adversas, quando Neruda, perseguido, foi obrigado a transpor os Andes e refugiar-se no estrangeiro. Testemunha um grande amor ao Chile e ao seu povo e, por extensão, a todos os povos latinos-americanos, frequentes vítimas do despotismo, considerado um livro de combate e de ternura. Consiste em quinze seções, 231 poemas e mais de quinze mil versos, lançados em 1950.
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Para ser sícera não sabia bem como começar essa resenha, tendo em vista os altos e baixos dessa leitura, e os diferentes impactos que esse livro me causou. Estou começando a ler escritores latinos americanos (além dos escritores brasileiros) e ao gênero poema/poesia, já que minha bookshelf estava muito defasada nesse sentido, você caro leitor pode pecerber que desde o ano passado venho me empenhando mais nesse gênero.
O livro trás uma crítica muito profunda a toda formação da america latina, ou seja, todo o processo de colonialismo, o escritor cita nomes importantes da resistência indígena contra os europeus, e também cita os principais massacres aos habitantes destas terras, e líderes responsáveis. Além disso tudo, as primeiras 200 páginas, também são dedicadas à exaltação da beleza da fauna e da flora de toda america latina, e lendas indígenas de cada região.
Para evidênciar esse fato, temos toda a segunda parte do livro, "Alturas de Macchu Picchu" o ato da valorização das mitologias pertencentes aos povos latinos, sempre citando a fauna e a flora, destacam a beleza e sua "antiguidade". Também há o uso da sexualidade para mitos, e crencas antigas, além de destacar a efemeridade da vida, tudo isso em uma história poetica com trechos voltado as questões sociais dos povos.
Ademais, o livro não é um memorial apenas ao passado colonialista, mas também a contemporaneidade do autor, então novamente há muitas críticas sociais as ditaduras, torturas durante essa época, a corrupção social e política, também refere-se a injustiças sofidas pelos amigos de Neruda, jornalistas, escritores e intelectuais no geral, os quais foram presos ou exilados, mas também à homenagens e exporessão de respeito e companherismo.
Canto geral é um livro mais profundo do que essa resenha possa expressar, tendo em vista que são um pouco mais de 600 páginas de uma ótica da história, seja de séculos passados ou do século XX, o eu lírico expressa sua opinião, deixa claro o quão repugnante foi muitas situações, e nos lembra que nas aulas de história são esquecidos de mencionar o quanto o povo desta terra sofreu e sofre.
Destarte, para fechar todo esse conjunto de poesisas, o final é voltado para Neruda e suas relações com o mundo e sensações, até mesmo há um momento de testamento, pode-se dizer que esta obra, nitidamente, é o que ele considerava A obra prima de sua vida, pois em cada verso vê-se o quanto o escritor dedicou-se como se fosse o último.
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