Mulheres na ciência: no Brasil e no mundo
Marie Curie agraciada com dois prêmios Nobel, um na área de física (1903) e outro na Química (1911). |
A mulher ser a maioria na população mundial é um fato, contudo, quando vamos analisar as carreiras de cada gênero, por exemplo nas ciências exatas, a mulher é em menor número, e quando está na área tem que enfrentar preconceito e dúvidas a respeito da veracidade de seu trabalho. A mulher constantemente é obrigada a provar o quanto é competente, o quanto é responsável e excelente no que faz, na área das ciências, principalmente exatas.
De acordo com o trabalho da pesquisadora Jacqueline Leto, as mulher nas engenharias, por exemplo, representavam cerca de 1% do total de empregados; já
nas ciências naturais a participação delas foi de aproximadamente
10%, oscilando entre 5% na física e 27% na biologia.
Os dados nos revelam que o número de moças que escolhe as ciências, em
especial nas áreas de Exatas e Tecnológicas, é bem menor que o dos
rapazes. No ano 2000, somente 20% do graduandos de Física no Brasil eram
mulheres. A mesma taxa nos Estados Unidos, no Reino Unido e em países
como Japão e Suécia, não chega a 15%.
Distribuição de bolsas segundo a modalidade e sexo do contemplado, 2001 e 2002. |
Pesquisadoras e pesquisadores Brasileiras(os) |
De acordo com um artigo da Folha de S. Paulo, baseado no relatório Gender in the Global Research Landscape, a proporção de mulheres que publicam artigos científicos –principal
forma de avaliação na carreira acadêmica– cresceu 11% no Brasil nos
últimos 20 anos. Agora elas publicam quase a mesma quantidade que os
pesquisadores homens (49%).
Ainda mais, os dados mostram que, dentre os países pesquisados, Brasil e Portugal
são os que mais contam com autoras em trabalhos científicos (49% do
total). Mesmo a mulher sendo a metade dos cientistas, ainda não consegue chegar a chefia e muito menos ao cargo de Reitoras nas universidades.
"Áreas de exatas são um problema porque desde a primeira infância as meninas vão sendo afastadas", diz Márcia Barbosa, física da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) e especialista em gênero, no artigo da Folha de São Paulo.
Um estudo divulgado em março pela Organização para Cooperação e
Desenvolvimento Econômico (OCDE), por exemplo, mostra que na faixa dos
15 anos o desempenho escolar de meninas em várias disciplinas, inclusive
matemática, é superior ao de meninos. Nos Estados Unidos, dentre os
alunos com baixo desempenho no colégio, 63% são meninos e 36%, meninas.
No Brasil, a disparidade é menos acentuada: 52% para os meninos e 47%
para as meninas.
No total, foram avaliados 510 mil estudantes de 64
países participantes do Programa para Avaliação Internacional de
Estudantes, que avalia a capacidade dos
alunos para analisar, raciocinar e refletir sobre seus conhecimentos e
experiências. A pesquisa também mostra que os pais são muito mais
propensos a esperar que seus filhos homens sigam carreira em áreas
tecnológicas do que suas filhas, mesmo que elas apresentem bom
desempenho na escola. [...] Uma das conclusões do estudo da OCDE é que
as disparidades de gênero não resultam de diferenças inatas a ambos os
sexos, mas sim das atitudes dos estudantes em relação à aprendizagem e
do comportamento que tinham na escola.
Para saber mais sobre o estudo, leia aqui!“Vários fatores contribuem para moldar tais comportamentos, entre eles a educação familiar, o trabalho de professores em sala de aula e a forma como os jovens passam o tempo de lazer. Os estudantes, sejam eles meninos ou meninas, têm o mesmo potencial”, diz o estudo.
Leia, também sobre as varias matérias da Fapesp sobre a mulher nas ciências da natureza, clique aqui
Nota: ainda vou fazer um post sobre minha heroína e inspiração para vida Marie Curie!
Fontes de pesquisa para realizar esse post
Trabalho da pesquisadora Jacqueline sobre as mulheres nas ciências brasileira: crescimento e contraste e um perfil de sucesso.
Artigo da folha de São Paulo: Mulheres já produzem metade da Ciência no Brasil.
Estatistas da mulher na ciência
Um podcast altamente recomendado para você que adora ciência e podcasts:
Uma super matéria da revista Galileu, que também servirá para um post futuro!
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