Resenha: Um novo amanhecer - John Jackson Miller [Star wars]

Desde os terríveis acontecimentos em Star Wars- episódio III: A vingança dos Sith, quando todos os Jedi foram perseguidos e condenados à morte, Kanan Jarrus tem vivido na clandestinidade, evitando criar problemas com o Império. Porém, um embate mortal entre as impiedosas forças imperiais e os revolucionários desesperados se mostra próximo demais e impossível de se ignorar. A honra e o senso de justiça do Caveleiro Jedi despertam, e ele volta à ação em uma batalha  de grandes proporções contra o mal. 

 Título original: A new Break Dawn (Cânon)

Autor: John Jackson Miller (mesmo autor de Kenobi) 

Tradução: Caco Ishak

Editora: Aleph
Páginas: 424

O planeta Gorse e sua lua, Cynda, há tempos vêm servindo como uma grande fonte do mineral torilídio para o Império, um mineral muito essencial para o armamento imperial. Sendo o local onde Kanan trabalha, usando o emprego e o lar temporários para manter seu disfarce em meio a uma vida de fugitivo errante. Isso é tudo o que lhe restou, desde que as forças imperiais sentenciaram todos os Jedi à morte, ao final das guerras clônicas. Ocorre em Cynda uma inspeção imperial surpresa, que causa confusão e desespero entre os trabalhadores da mineradora. Para piorar, uma grande explosão coloca a vida de Kanan em risco e o obriga a usar a Força. Agora, seu único destino parece ser abandonar o sistema de Gorse e tudo o que conheceu por lá, contudo o seu senso de justiça e altruísmo jedi lhe pesa na consciência, e ele fica nesse conflito entre deixar a lua, ou ficar e ajudar os insurgentes. 

 Se você está acompanhando a série Rebels, conhece a personalidade de Kenan, e o tanto que o personagem evoluiu ao longo das temporadas, seja emocional e espiritualmente; esse Kanan não é o mesmo o do livro, já que estamos falando de alguns anos antes dos eventos da série, Kanan não cria raiz e laços afetivos, sempre fugindo e vivendo clandestinamente, e sua maneira de  lidar com suas perdas é abusar do álcool, aponto de todos os dias sair bêbado da cantina e se envolver constantemente em brigas, Kanan sente uma solidão e culpa muito grande.

 Ao longo do enredo conhecemos novos personagens, alguns incríveis outros radicais, tem cenas de ação que são de tirar o fôlego, e apesar de um certo apoio científico foi direcionada mais para aventura. Em nenhum ponto a leitura ficou entediante, pelo contrário, é bem fluida e em alguns aspectos  um pouco dinâmica.

 Gostei de cada novo personagem e como foram introduzidos, a riqueza de pensamentos em certos pontos  ou descrição dos cenários. Os momentos de alívio cômico é  deixado à cargo dos diálogos entre Hera e Kanan, que são divertidos e me tiraram bom risos. 

Hera não está muito diferente da série, há não ser pelo fato de estar em campo, investigando por si só, sem o auxilio de uma tripulação. Sendo uma ativista bem determinada a deter os atos do império na Lua de Gorse, vemos toda sua paixão e luta, uma personagem feminina forte, ativa, independente, com suas próprias ambições e motivações.

"Kanan Jarrus, porém, fora capaz de surpreendê-la, o que raramente acontecia. Em Shaketown, ela tinha conhecido um sujeito brigão, típico casca-grossa. Mas, no bar, além de todo o interesse romântico por ela -o que era divertido- ela havia notado alguns gestos de astúcia e sutileza por parte dele." - página 176

Também, vemos que desde a primeira vez que Kanan encontrou com a Here, ele tem um interesse romântico, e ela ao longo da trama, também vai adquirindo o mesmo. Contudo, não é o foco central do livro. Há flashbacks do passado de Kanan com sua mestra Billaba, para completar o apego emotivo que o leitor adquire com personagem, incrementando mais ainda o enredo.

(capítulos)

"A melhor maneira de controlar seu medo quando estiver à beira de um penhasco, mestre Billaba dissera, é não pensar nisso até que você tenha saído da beira. " -página 228

Destaque para a qualidade do livro, diagramação e revisão, a textura e cor das páginas, a arte da capa, foi bem trabalhada, qualidade é o que a editora Aleph nos trás. O livro é dividido em 4 fases: Ignição, Reação, detonação e Avaliação dos danos. Começando cada uma dessas fases com manchetes do HoloNoticiário Impérial, sendo a edição de Gorse. Impresso em papel  Pólen soft, possui 57 capítulos, alguns são curtos outros um pouco longos, as páginas são meia amareladas e um pouco grossinhas, a fonte é okay. O livro também conta com uma página de agradecimentos e prefácio.

Esse post foi atualizado 29/07/2018