Resenha: Assassinato no Expresso do Oriente, de Agatha Christie

Nada menos que um telegrama aguarda Hercule Poirot na recepção do hotel em que se hospedaria, na Turquia, requisitando seu retorno imediato à Londres. O detetive belga, então, embarca às pressas no Expresso do Oriente, inesperadamente lotado para aquela época do ano.


O trem expresso, porém, é detido a meio caminho da Iugoslávia por uma forte nevasca, e um passageiro com muitos inimigos é brutalmente assassinado durante a madrugada. Caberá a Poirot descobrir quem entre os passageiros teria sido capaz de tamanha atrocidade, antes que o criminoso volte a atacar ou escape de suas mãos.

Seguimos uma linha de investigação de um crime que aparentemente é de vingança, que aconteceu logo em um trem onde se encontra o detetive belga Hercule Poirot, que assume a investigação do ocorrido a pedido de seu amigo e dono da companhia Expresso do oriente, Bouc. Toda a investigação é bem interessante e toda aquela observação de Poirot no inicio do livro é realmente essencial, principalmente os minutos que antecedem o crime.


No começo do livro, Hercule Poirot é um pouco arrogante, e há trejeitos que lembram um pouco Sherlock Holmes; os personagens são bem interessantes, no começo do livro somos levados à uma linha de raciocínio a qual apontamos culpados e suspeitos com base nos primeiros julgamentos do investigador, que nos levam a caminhos diferentes do esperado.  

A leitura é maravilhosa, narrativa , simples e muito fluida, em 3°pessoa com algumas frases em francês e uma ou outra em alemão. Agatha Christie não é chamada de " A rainha do crime" atoa, toda a construção do enredo é magnífica e seu desenrolar  é simples, porém maravilhoso.

Toda vez que leio um livro policial tento descobrir o assassino antes de terminar a leitura, todavia dessa vez foi bem mais difícil, quando cheguei perto dos capítulos finais já havia desistido de tentar (só queria a confirmação dos meus palpites); há desde pistas falsas como verdadeiras uma entrelaçada a outra, o que torna difícil uma dedução rápida... o final é surpreendente e inesperado. 

As páginas são amareladas com uma textura mediana, a fonte é  pequena, é dividido em três partes com 32 capítulos  ao todo, em algoritmo romano e possuí um índice. Minha edição é antiga, consequentemente encontrei alguns erros de digitação e impressão. 

Título original: Murder on the Orient Express
Autora: Agatha Chritie 
Número de páginas: 190
Ano de publicação: 1933
Editora: Nova Fronteira 
Tradução: Archibaldo Figueira

Pontos positivos: Narrativa fluida, difícil de deduzir  o assassino

Pontos negativos:  Muito curto, e especificamente nessa edição a fonte

Edição de coleção Agatha Christie da editora Nova Fronteira

 

Exemplar pertencente a biblioteca municipal