3 de jan. de 2025

Blade Runner - O caçador de androides | Encontrei um lugar de conforto!

O último filme assistido em 2024 foi um dos meus filmes favoritos! Assisti com o meu marido, o qual nunca tinha assistido e me senti como uma testemunha da ficção científica, pronta para ser a fangirl a erguer uma bandeira! No entanto, dessa vez eu tive muito mais contemplação e uma sensação de quentinho assistindo esse filme do que imaginei que teria, ele me trouxe conforto em meio as necessidades emocionais de encontrar esse lugar comum e acolhimento no fim de ano. 

Uma das coisas que sempre me impressionou desde criança, quando foi a primeira vez que assisti com meu pai, foi a estética. Simplesmente o ambiente, a estrutura dos prédios, os carros, equipamentos, figurino e a predominância do retrô, mesmo se tratando de algo futurístico. 

O underground das cidades é levado ao extremo durante todo o cenário e construção do longa, com o exagero nítido em cores e intensidade, que contrastam entre classes sociais, comerciais e aspectos urbanos. O neon, o brilho dos lasers, as roupas extravagantes e algumas até bem espalhafatosas, uma mistura da famosa arte noir com o futurismo... Tudo isso são características marcantes dos exageros dos anos 1980, o que particularmente gosto bastante, além do consumo desenfreado sendo entrelaçado à forma de vida. Não é atoa que esse mundo distópico pertence aos grande conglomerados empresariais tecnológicos. 

Tudo é bem marcante e distinto. A marca sombria, melancólica e filosófica dão ainda mais intensidade a narrativa. O capitalismo em sua forma mais selvagem e bruta com ruas lotadas de lixo, gente de diferentes origens tentando sobreviver, comércios, vendinhas de ruas, desigualdade social no talo, e uma cidade pulsando vida e acontecimentos em meio ao caos e disputas de poder de diferentes espécies. 

E onde encontrei conforto nesse filme? você pode perguntar... Encontrei em sua narrativa que busca por vida, pelo sentido dela e do desespero por ver e sentir mais. Poder sentir e viver! Encontro conforto na sua poesia, em sua loucura e sanidade. É como se o ato de reassistir a um filme de ficção científica que tanto gosto me trouxesse uma sensação não só de familiaridade, mas como se por um momento essa obra me abraçasse e tirasse sombras da minha própria melancolia e realidade naquele instante. 

Sem dúvida nenhum é uma distopia que todos lutamos para não se tornar realidade em nosso mundo! Mas como obra de ficção, ela tem uma capacidade de tocar nossos seres em busca do nosso próprio sentido de vida e de realização. Em busca de algo confortável e melhor para todos! Enfim, não queremos ruas empilhadas de lixo, ar quase irrespirável e um sistema socioeconômico que consome absolutamente tudo à sua frente, pelo contrário, queremos mais humanidade! Encontrei mais um conforto emocional nessa tarde do dia 30 de dezembro de 2024, e talvez uma forma confortável para lidar com o fim de mais um ciclo anual.

 

2 comentários:

  1. Ah, é tão bom quando a gente tem um filme de conforto né? O meu é A viagem de Chihiro.
    Falando sobre Blade Runner, preciso rever esse filme, porque faz anos que o vi e esse ano, se tudo der certo, vou ler finalmente o livro que deu origem ao filme.

    Feliz Ano Novo para você e para sua família! E ótima leitura para nós!

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    1. Eu fiquei anos sem assistir Blade Runner tbm, quando assisti nesse fim de ano foi um quentinho no coração, até me surpreendi! Mas realmente, ter algo que traga conforto é sensacional!

      Feliz ano novo para você e sua família tbm! Que 2025 seja uma no repleto de leituras e afetos!

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