31 de jan. de 2022
TODAS as leituras de Janeiro 2022
14 de jan. de 2022
Frankenstein ou o prometeu moderno, Mary Shelley (2° leitura)
Não pensei que releria Frankenstein tão cedo. Alias eu li esse livro porque estou em um clube de leitura, o qual lemos todos os livros mencionados na série Gilmore Girls com duas amigas da USP. A primeira vez que li foi em 2019, quando eu estava na primeira faculdade (eu desisti dessa graduação, lembra?), e me fez mergulhar profundamente na história, algo que não foi diferente dessa vez. Caso você queira ler a resenha de 2019 é só clicar aqui!
[...] “Um ser humano perfeito deve sempre preservar uma mente calma e pacífica e jamais permitir que a paixão ou um desejo transitório pertube sua tranquilidade. p.81-82
Como na minha primeira leitura, continuo vendo que é um livro que fala muito sobre as aparências, o que é aceitável perante a sociedade ou não, tratando-se da natureza humana tanto sua capacidade de fazer coisas boas, quanto ruins. Outrossim, algo que ficou bem mais evidente é a sobre a influência da sociedade, uma criatura nasce neutra, não necessariamente ruim ou necessariamente boa, contudo a sociedade que vai corrompe-la, vê-se que tem uma linha filosófica dominada por Rousseau.
Outro tema, que já tinha observado na primeira leitura, é o trato da solidão. A solidão é uma temática recorrente, além de ser retratada em diversos personagens. Primeiro em Robert Walton, que carece de um amigo, depois no próprio Victor Frankenstein, e chegamos no ápice com a criatura. Diversas vezes a criatura, quando vai narrar, destaca o quão só ela está, o quanto ela não faz parte do mundo humano. Nesse sentindo, ao observar a complexidade da criatura, o leitor se depara com diversos outros subtemas, como a não aceitação, importância da aparência física, status sociais, a situação de pessoas de rua e quão invisíveis elas são (esse paralelo pode ser feito quando a Criatura encontra-se morando na floresta e próximo à outros chalés também). Algumas passagens e diálogos me lembraram um pouco do estoicismo, escola filosófica grega que prega o equilíbrio entre nossos desejos, e formas como vemos o mundo. Tal equilíbrio polpa o ser humano de sofrimentos e dores, o controle dos desejos descontrolados resulta em uma vida satisfatória, algo que permeia o livro todo. Sêneca e Epiteto, grandes nomes que representam essa filosofia – enfatizaram que, porque "a virtude é suficiente para a felicidade", um sábio era imune ao infortúnio.
[...] “Você acha, Victor -disse ele- que também não sofro? Nínguem poderia amar uma criança mais do que eu amava seu irmão. -As lágrimas vieram aos seus olhos enquanto ele falava.-Mas é um dever dos sobreviventes evitar que não apenas a infelicidade dos demais aumente com uma aparencia de tristeza imoderada, mas também a de nós mesmos. A tristeza excessiva impede nosso crescimento, o prazer e até mesmo as funções diárias, sem as quais nenhuma pessoa é adequada para a sociedade. p.132
4 de jan. de 2022
Já pensou o quanto é estranho 2022?
Feliz ano novo leitores!!!!! Faz tanto tempo que não escrevo aqui, sempre morro de saudades, finalmente estou de férias, poderei escrever bem mais ativamente, além disso, tenho planos para os conteúdos publicados no youtube, quero trazer muitas novidades e espalhar o amor à vida acadêmica e a literatura. Uma postagem para 2022 finalmente chegou, não que eu estava me preparando...Mas é muito estranho estar em 2022.
Convenhamos, querido leitor, nunca pensei que chegaria, enfim, a 2022. Também nunca pensei no fato de escrever no canto superior direito do caderno a data com 2022; Quando eu era criança isso parecia impossível para mim, afinal, não pensava muito nas datas até chegar de fato a escrevê-las no papel e talvez pensasse no fundo que não viveria até tanto, pois na minha cabeça de criança já era muita coisa 2022.
Agora estou em 2022 e não tem como fugir das minhas angustias de criança. Começou o ano e estou com aquele pique clichê de resolver o que não está me agradando, de pintar aquela parede manchada de mofo do meu quarto; pensando também em viver de internet (não me adaptei ao mundo tradicional); fazer mais exercícios físicos, caminhar, correr, amar, ler mais, escrever mais e mais e mais e mais e mais...Sempre mais!
Ora, quando chego em um "ano novo" continuo com meus medos de quando era pequenina e também com minhas incertezas de quando eu era adolescente. Talvez, lá no fundo sabemos que ainda somos os mesmo. Antes do café da manhã, quando retornamos dos nossos sonhos ou pesadelos, voltamos a realidade que temos que aceitar. Já eu, antes do meu café da manhã, preciso acomodar todas as Jessys que existem em mim e depois me acostumar com o 2022. Sim, estou cismada, cabreira, escabreada, reflexiva, com a pulga atrás da orelhas e todas aquelas outras coisas que são, em algum grau, sinônimos de "rapaz-estou-em-2022". Você por acaso se lembra do setembro de 2001 ou do Setembro de 2003? Não faz tempo? Pois é, faz, mas ao mesmo tempo passou como um flesh! Contudo, ao mesmo tempo em que tento me lembrar de 2019 ou de 2020....Parece que foram a anos distantes (mais distantes do que Setembro de 2003). Distantíssimos. Anos que foram uma vida passada, uma vida de há muito, muito esquecida, confusa, deixada em um canto para tentar entender o que houve ou (talvez) nem tentar.
Enfim, já pensou o quão estranho é 2022? Eu pensei tanta coisa que já nem penso mais, penso que tanto há para guardar e descartar e renovar e esbanjar e tantos "e" quanto for possível. Tudo é tão efêmero quando se trata de 2022...Ainda acredito que é um sonho; Fui dormi quando criança e agora estou preso nele..2022. Um ano que está começando, cheio de promessas, enganos, desenganos, morte e vida, começo e fim, um ano que se não cabe e nem vai caber, foge e não foge...Talvez leitor...Tudo isso que você leu não passe de um sonho, de um delírio, momento de sua distração. Você se sentou, tomou seu café, talvez outra bebida de seu agrado, passou pelas notícias, umas amargas, outras neutras, umas poucas que lhe trouxe curiosidade e uma que o fez se arrepender de ler o "jornal". Foi ler algo a mais relacionado ao seu nicho e de repente aqui! PUM! Um texto sobre 2022 que não faz sentindo, já que a Jessy que escreveu é aquela menina que tem medo de 2022, ou que não compreende exatamente o que é viver em 2022. Pode ser que 2022 ensine essa menina a não ter medo de 2022 ou pode ser que tudo não passe de um delírio, um momento de sua distração, caro leitor.
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Não pise no meu vazio, Ana Suy
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