O que é ficção científica feminista?
[Via: momentum saga] |
É um sub-gênero de ficção científica, que tende a lidar com o papel da mulher na sociedade. levantando questões sociais, a forma como a sociedade constrói os papéis de gênero, qual o papel da reprodução na definição de gênero, o poder político e pessoal desigual entre homens e mulheres, e como são tratadas na sociedade.
O feminismo procura a igualdade de gêneros, discute que a mulher é tão capaz quanto o homem, e luta em prol da liberdade de escolha feminina.
Algumas das mais notáveis obras de ficção científica feminista ilustraram estes temas usando utopias, para explorar uma sociedade na qual não existem diferenças de gênero ou desequilíbrios de poder de gênero, ou distopias para explorar mundos em que as desigualdades de gênero são um abismo profundo, afirmando, assim, que o trabalho feminista deve continuar.
As obras de Mary Shelley (Frankenstein), creditada por criar a Ficção Científica, e Margaret Cavendish (The Blazing World) levam o créditos por introduzirem esse gênero, que completou 200 anos.
Na década de 1960 a ficção científica combinava sensacionalismo com críticas políticas e tecnológicas da sociedade.
A mulher era -e ainda é, na grande maioria, principalmente nas HQ's- representada como um colírio, apenas a acompanhante/namorada do protagonista, alivio cômico e/ou a vilã da história, extremamente emocional, impaciente e muitas vezes incompreensiva, sendo sempre sexualizada e extremamente fraca. Com o advento da segunda onda do feminismo, o papel da mulher foi questionado na FC.
Três textos clássicos e leitura obrigatória para fãs de Ficção científica; deste período são Ursula K. Le Guin, no The Left Hand of Darkness (1969), Woman on the Edge of Time (1976) de Marge Piercy e The Female Man (1970) de Joanna Russ . Cada um destaca os aspectos socialmente construídos de gêneros, criando mundos com sociedades sem gêneros.
Em 2013, algo que entrou para a história da FC feminista no país, uma iniciativa pioneira iniciada pelas blogueiras brasileiras Lady Sybylla e Aline Valek deu origem à primeira coletânea de contos de ficção científica feminista, chamada Universo Desconstruído.
O projeto conta com a participação de mais 8 blogueiros(as) brasileiros, que criaram mundos futuristas para criticar o machismo, o racismo, a homofobia, a transfobia, o preconceito com literatura produzida por mulheres, entre temas da pauta feminista como aborto e igualdade de gênero.
Considerações finais
De alguma forma você conseguir explicar porque uma mulher não podem escrever ou ser protagonista de ficção científica, sem machismo, sem preconceito? Não há motivos biológicos ou físicos para haver perda de qualidade na escrita por ser mulher, gay, trans ou homem! Então, tenha em mente que para uma sociedade igualitária, pacifica e futurística, como em uma ficção utópica haverá igualdade de gênero, ou seja, direitos e deveres iguais para homens e para mulheres.
Leia mais sobre : Revista Forum: Ficção científica feminista mostra um mundo que queremos
E a agora é que são elas? Por prosa livre
Super interessante: Por que precisamos de mais heroínas?
Por um mundo com mais representatividade da humanidade!
Uau, que demais isso!!!
ResponderExcluirHoje em dia é mais que vital que todas as mulheres tenham voz ativa em qualquer lugar e ver isso acontecendo na ficção científica é uma conquista imensa.
Eu já tinha ouvido falar sobre a Aline Valek, mas não sabia sobre esse projeto. Adorei! hahaha
www.itszabella.com
Realmente, a mulher precisa estar principalmente na Ficção científica, para mostrar à sociedade que mulher deve estar aonde ela quiser!!! :D
ExcluirObrigada pela visita e pelo comentário!
Bom, eu concordo em alguns termos com você. Mas são personagens que são criados para serem assim. Não podem mudá-los (a não ser que queiram enfrentar uma queda nas vendas - A Dynamite resolveu colocar um uniforme menos curto na Vampirella e acabou acontecendo isso).
ResponderExcluirIsso aí eu concordo que se deve mudar.
Me desculpe por isso.