Mais uma leitura concluída no fim do mês de abril e apenas agora consegui terminar esse texto. Em parte estou feliz por estar avançando nas leituras, ainda que aos poucos. Durante esses dias que fiquei mais off estava passando por uma das minhas crises depressivas. A vida e seus altos e baixos...Esses dias eu tenho passado bem depressiva e me sentindo de cabeça para baixo, bem revirada mesmo, mas acho que aos poucos estou tentando ficar bem.
Falando propriamente do livro: foi uma leitura longa, feita em pequenas doses durante minhas viagens de transporte público em São Paulo, entre idas e vindas da faculdade e do trabalho. Demorei mais do que esperava, mas não por causa do enredo ou da escrita do autor — ambos, aliás, foram bastante envolventes. A demora se deveu, na verdade, aos próprios acontecimentos da vida: Tempo, saúde, Iniciação cientifica e estágio, além da vida pessoal e afins...
Essa resenha aconteceu graças a nossa parceira a Livraria Unesp, localizada no centro de São Paulo, número 108, Praça da Sé; um lugar de muita troca e magia literária, inclusive leitor, você tem 15% de desconto com o cupom: jessica15.
A narrativa acompanha quatro histórias principais, cada uma centrada em personagens que desejam revisitar momentos específicos do passado: uma mulher que quer consertar sua relação amorosa, uma esposa que deseja ler uma carta do marido com Alzheimer, uma irmã buscando entender um rompimento familiar e uma mãe que nunca conheceu sua filha. Em todas essas tramas, o livro trata com muita delicadeza de temas como amor, amizade, reconciliação e perda.
O grande destaque da obra é sua abordagem sensível das relações humanas. Apesar das viagens no tempo, Antes que o café esfrie não fala sobre mudar o destino, mas sobre aceitar o passado, valorizar as conexões afetivas e aprender a seguir em frente com mais compreensão e ternura. O tom do livro é melancólico, mas também muito acolhedor e esperançoso, de certo modo, aliás esse livro conseguiu me fazer verter lágrimas no ônibus enquanto o lia, e em casa, em um domingo ameno. O livro possui uma premissa maravilhosa, mas também há suas falhas, como troca no pronome de alguns personagens, e em vários momentos de redundância no texto, além de possuir diversas repetições da descrição da cafeteria. Detalhes pequenos que podem passar despercebidos pela maioria dos leitores.
Esse livro me despertou uma memória da minha infância, fazia tempos que não lembrava disso. A cafeteria se chama a Funiculi Funicula, como havia dito acima, caso você não conheça é uma canção napolitana, e lembro da minha mãe cantando ela para nos divertir em casa quando eu era criança. Detalhe minha família por parte de mãe é portuguesa, não italiana, acho esse fato bem engraçado até. Enfim, isso me trouxe um envolvimento tão mais intenso com o livro que apesar de não ter gostado 100% da obra como um todo, não vou consegui passar esse livro para frente tão cedo. Memória, afetos, choros e histórias dos meus momentos enquanto estava com esse livro o tornam especial, o mesmo se dá com minhas outras leituras...Sempre tem uma história por de trás dos livros que lemos e guardamos em nossas bibliotecas, não é mesmo?
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