As vantagens de ser invisível, Stephen Chbosky
Tanto tempo que não escrevo uma resenha nesse blog, tanto tempo que não venho para cá para fugir do mundo real e me fez uma grande falta. Às vezes penso que várias crises de ansiedade e depressão teriam sido mais ""leves"" se eu estivesse aqui, um espaço criado a muitos anos justamente para me ajudar a lidar com a vida.
Alias, o livro desse post tem a ver com ansiedade, depressão e confusão para entender a vida...Já havia escrito essa resenha na mesma semana em que tinha terminado (essa foi uma leitura de janeiro de 2022), só fiz uma revisão de texto e acrescentei outros detalhes. Espero que gostem!!!
Já faz alguns dias que terminei esse livro, não consegui fazer uma resenha ou colocar no papel o que eu queria falar, estava digerindo ainda, reflexiva e extremamente introvertida, talvez até bem mais do que o normal. Esse mês de janeiro foi no geral bem estranho, pesado e desconcertante. Tudo o que não deveria acontecer, aconteceu! Tristeza, contendas, afastamentos e afins. Além disso, 2021 foi um ano pesado, difícil e intragável no que resultou em um começo de ano bem melancólico e desesperançoso para muita gente, inclusive eu.Titulo original: The Perks of Being a Wallflower
Autor: Stephen Chbosky
Número de páginas: 231 páginas
Editora: Rocco; 1ª edição (1 julho 2007)
Esse livro tem um pouco disso, um estágio melancólico, com altos picos emocionais do protagonista, e parece, em sua grande maior parte, que Charlie está indiferente ou triste. Alguns acontecimentos deixam um gosto amargo na boca, outros são inteiramente aconchegantes, sendo no geral, um ótimo livro com uma escrita poética, leve e fluida.
Manter-se à margem oferece uma única e passiva perspectiva. Mas, de uma hora para outra, sempre chega o momento de encarar a vida do centro dos holofotes. Mais íntimas do que um diário, as cartas de Charlie são estranhas e únicas, hilárias e devastadoras. Não se sabe onde ele mora. Não se sabe para quem ele escreve. Tudo o que se conhece é o mundo que ele compartilha com o leitor. Estar encurralado entre o desejo de viver sua vida e fugir dela o coloca num novo caminho através de um território inexplorado. Um mundo de primeiros encontros amorosos, dramas familiares e novos amigos. Um mundo de sexo, drogas e rock’n’roll, quando o que todo mundo quer é aquela música certa que provoca o impulso perfeito para se sentir infinito. A luta entre apatia e entusiasmo marca o fim da adolescência de Charlie nesta história divertida e ao mesmo tempo instigante."
Esse livro nos deixa querendo ser tão infinitos com nossos amigos, quanto Charlie foi com os seus. O mundo dos anos 1990 parece tão distante e ao mesmo tempo tão próximo de nós, é interessante ver que os problemas sociais, emocionais e de relacionamento familiar continuam se repetindo ao longo dos anos. Todos os personagens têm alguma questão difícil ou passaram por algum apuro. Já Charlie, em diversos momentos do livro, parece que passou por diversos apuros e apenas isso, bem como sua introspecção pode levar o leitor a acreditar que ele tem bem mais do que depressão.
Ademais, outro ponto a destacar é a escrita do autor e a sutiliza para descrever situações complexas e difíceis, além de terem uma carga emocional muito grande. É um livro sensível e que merece sua oportunidade para ser lido. Nesse momento digo que não posso falar muito mais nessa resenha, pois darei spoilers até de mais, mas algo que me assombra um pouquinho é como esse livro coincide com momentos melancólicos da vida.
Boa leitura!!!!
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