17 de fev. de 2022

O diário de Anne Frank

 Já se passaram alguns dias desde o último post e até o momento não havia postado nada nesse mês de fevereiro. É peculiar, mesmo com toda a organização que tenho, deixo o blog um pouco mais de canto, e olha que é algo imensuravelmente maravilhoso para mim: Escrever resenhas dos livros que mais amo (ou às vezes nem tanto), escrever sobre meus pensamentos, sonhos e acontecimentos, enfim o importante é estar escrevendo por aqui. Como sempre digo, preciso "arrumar" isso em minha vida, quero fazer ao menos uma postagem por semana! Enfim, sem mais essas delongas de sempre e vamos a resenha.

Arquivo pessoal

Esse é o livro que mais adiei em minha vida, quase li no início da pandemia, mas estava tão mal e com tanto medo que tive mais medo ainda de pegá-lo para ler e ficar tremendamente emocionada. Fiquei emocionada com a leitura? Claro, se trata de uma pessoa real, uma jovem incrível e cheia de sonhos. Não consegui escapar do que temia, porém não desatei a chorar como se não houvesse o amanhã. Ao decorrer da leitura fiquei dividida entre se sentir uma intrusa, uma intrometida na intimidade de Anne, afinal aquele é o diário dela, ao mesmo tempo que sente que senti uma aproximação absurda, quase como se ela fosse uma amiga me segredando sobre sua vida.

Tratei de ler esse livro na mesma semana que saiu a polêmica sobre um podcast famoso e a defesa do "direito de expressão" e da criação de um partido nazista no Brasil, ou seja só absurdos!! No calor do momento ao ler essa notícia, já sai pegando vários livros sobre a segunda guerra que tenho em casa e fui devorá-los. Dois que estão em minha biblioteca particular não havia lido e um deles era O diário de Anne Frank, o outro terá resenha também aqui no blog, espero me lembrar!

O diário de Anne Frank foi publicado pela primeira vez em inglês pela Doubleday & Company (Estados Unidos) e Vallentine Mitchell (Reino Unido) em 1952, o que o fez receber atenção da critica e dos leitores.  Anne escreveu o diário entre 12º de junho de 1942 e 1º de agosto de 1944 durante a Segunda Guerra Mundial. A obra é conhecido por narrar momentos vivenciados pelo grupo de judeus confinados em um esconderijo durante a ocupação nazista dos Países Baixos.

Não há como falar desse livro sem me vir um embargo na voz, um aperto na garganta e lágrimas nos olhos...É um dos livros de não ficção mais importante da história! É um livro mais que necessários nas escolas e nas universidades!

As edições que temos em mãos passou por uma edição da própria Anne, a qual, após o pronunciamento do membro do governo holandês, viu que poderia ter a oportunidade de publicar seu diário. Então ela troca os nomes dos outros membros que compartilhavam o complexo (ao todo eram oito pessoas contando com a família dela), bem como ela acrescenta mais algumas notas e detalha mais a vida e rotina no anexo, o qual foi seu esconderijo por dois longos anos. 

Bom, vamos do princípio, os relatos do diário começam quando ela tem 13 anos, no dia 14 de julho de 1942, são relatos sobre sua vida na escola, amigos e um pouco sobre sua rotina de estudante. Vemos, como pano de fundo, os nazistas e a segregação judaica acontecendo ao seu arredor. Após alguns dias, ela e sua família precisam se esconder, com isso os relatos são sobre sua fuga e, posteriormente, sobre sua vida no anexo. Algo que dilacerou minha alma, é como parte dela tinha esperança no fim da guerra, o quanto ela tinha planos de se tornar jornalista e escritora, como eram seus estudos e leituras mesmo escondida dos seus algozes. Somos embalados por Anna e suas confeições, sua vida, angustia e sua personalidade. Com toda certeza ela seria minha melhor amiga, foi assim como me sentir durante toda a leitura! É um livro forte, um livro que te destruirá em certos sentido, é um livro que é necessário para a história da humanidade!

Para mais informações sobre O diário e alguns fatos sobre a família pela BBC News Clique aqui !




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