Assassinato no campo de golfe, Agatha Christie

 Esse é o quarto livro da autora que leio, apesar de ter achado uma ou outra coisa um tanto anticlimax, gostei bastante do enredo e os rumos que a investigação se deu. Só um adendo antes de irmos à resenha propriamente, não gosto de histórias policiais, Agatha Christie é uma exceção. Assassinato no campo de Golfe foi publicado em 1923.


Uma carta de um desconhecido leva Poirot e seu amigo e ajudante, o capitão Hastings, à França. Eles não vão a passeio. Trata-se de um pedido de socorro. Os dois procuram respostas para intrigantes perguntas: Qual seria a relação entre dois assassinatos cometidos com um intervalo de mais de 20 anos?; qual a relação entre a esposa de um misterioso milionário e sua amante, moradora numa vila vizinha?; o que ligava uma linda corista e um horrível caso de chantagem?; e, por fim, qual a relação entre um fio de cabelo, uma espátula ensanguentada, um pedaço de cano de chumbo, pegadas meio apagadas e um cadáver encontrado num campo de golfe? 

Algum tempo depois, o detetive Hercule Poirot recebe uma carta da França, com um pedido de ajuda: o Sr. Renauld teme que sua vida esteja ameaçada, e sem deixar claro os detalhes da situação, pede a Poirot que se encontrem, para que este investigue a questão. Poirot e seu amigo Arthur Hastings partem imediatamente para Merlinville-sur-mer, no litoral francês. Mas quando chegam é tarde, e agora tem um assassinato para resolver. 

A história é  narrada pelo amigo de Hercule Poriot, capitão Hastings, que está  acompanhando o detetive neste caso, e ele é um pouco lento para pensar, além de deixar suas emoções influenciarem no caso, isso afeta a visualização dos fatos pelo leitor menos atento. Sendo assim a recomendação para essa leitura é: seja atento! 

Enredo cativante, escrita fluida e imersiva, gosto de salientar que as provas do crime estão ao decorrer da história, nos cabe juntar e decifra, o que vai de cada leitor, junto com Poriot. Sendo um dos pontos altos da autora. O que foi muito decepcionante, com toda a certeza foi o rival de Poriot, que não está a altura de ser um pária, ele é "bruto" e arrogante de mais, apesar de tentar seguir uma linha lógica de investigação, não se faz muito presente, bem como deixa passar muita coisa, subestima qualquer possível prova ou dedução alheia, e não se mostrou como alguém que realmente veio para competir com o detetive belga.

Destarte, o desfecho foi interessante e um pouco inesperado para mim, estava indo para um linha de raciocínio bem diferente, embora meus suspeitos e parte do que deduzi se confirmou. Enfim, esse foi um ótimo livro para começar a TBR de Halloween, e com uma atmosfera misteriosa que serviu para me preparar para um livro sensacional que estou lendo, Drácula. Fique ligado ao blog, em breve terá mais resenhas de clássicos. 

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