Orgulho e Preconceito, Jane Austen

A muito tempo queria começar a ler os livros da Jane Austen, tanto por ser uma escritora clássica da língua inglesa, bem como por ser romances, estou achando que preciso de livros românticos, e não da escola literária Romantica, esta sempre me encho de livros lidos. Hoje resenho um livro do começo do século XIX, com foco na vida domestica, relações sociais  e amor, não a primeira vista, mas que é construído ao decorrer de um tempo.


A história mostra a maneira com que a personagem Elizabeth Bennet lida com os problemas relacionados à educação, cultura, moral e casamento na sociedade aristocrática do início do século XIX, na Inglaterra. Elizabeth é a segunda de 5 filhas de um proprietário rural na cidade fictícia de Meryton, em Hertfordshire, não muito longe de Londres.

Autor: Jane Austen
Título Original: Pride and Prejudice
Editora: Abril
Tradução: Lúcio Cardoso
Número de páginas: 452
Onde comprar: Amazon
"É uma verdade universalmente conhecida que um homem solteiro, possuidor de uma boa fortuna, deve estar necessitado de uma esposa."- página 9
A citação acima é abertura do livro, mostrando que a época da autora a sociedade é baseada em mater status social, não que não o seja hoje, ao decorrer do enredo vemos que as personagens femininas estão muito preocupadas em arrumar um bom casamento, afinal era apenas dessa forma que uma mulher poderia manter-se nessa época. Principalmente a senhora Bennet, mãe de cinco filhas e certamente quer casa-las com cavalheiros bem quisto socialmente, além de preocupar-se com a propriedade, visto que nenhuma de suas filhas não poderiam herda-la já que eram mulheres.

Ora, no início do romance, Mr. Bingley, um jovem cavalheiro, aluga uma propriedade no campo chamada Netherfield, perto dos Bennet. Ele chega à cidade acompanhado de suas irmãs, o cunhado e de um amigo, Mr. Darcy. Enquanto Bingley é bem recebido pela comunidade, Darcy mantém uma postura mais distante e desconfiada com relação às pessoas. Bingley e Jane Bennet iniciam um relacionamento, a despeito das interferências inadequadas e embaraçosas de Mrs. Bennet e da oposição das irmãs de Bingley, que consideram Jane socialmente inferior. Enquanto isso, Elizabeth é “ferida” pela rejeição de Darcy durante uma dança local, e decide rebater a indiferença de Darcy com sua perspicácia e espirituosidade. Ao longo do livro conhecemos novos personagens, cada um com algum segredo e importância para os acontecimentos.

O livro mostra a vida e os costumes de uma Inglaterra do século XIX, um mergulho na sociedade da época, vemos os sonhos e aspirações das jovens Bennet, e quanto são diferentes uma da outra, basicamente um livro sobre a vida domestica e intriga com os vizinhos. Talvez seja daqui que sai o clichê das histórias de grandes famílias, as quais têm um(a) filho(a) que é o orgulho e outro(a) que é o desgosto. 

A protagonista não é perfeita, não é a mais bonita, nem a mais inteligente, contudo é confiante, irônica, sagaz, inteligente sem ser arrogante, e acredita no amor, só assim que aceita casar-se. Orgulho e preconceito é cheio de amor, o processo da "construção"amor, como gostar de uma pessoa apesar de seus defeitos, como duas pessoas diferentes podem se relacionar, claro que ao decorrer da leitura teremos as respostas. 
"Quanto melhor conheço o mundo, menos ele me satisfaz; e cada dia  vejo confirmada minha crença na incoerência de todos os caráteres humanos e na pouca confiança que se pode depositar nas aparências ou do bom senso." -Página 161
A narrativa é extremamente fluida, o enredo é encantador e envolvente, os personagens são interessantes, prende o leitor do inicio ao fim, tudo é interessante e muito, muito gostoso de ser lido, e claro que ficamos torcendo para a mocinha e o mocinho terminarem juntos, e nos impressionamos com as revelações e reviravoltas domesticas. É uma leitura que mais que recomendo, já que virou um dos meus livros favoritos.
Jane Austen

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