O coração das trevas, Joseph Conrad
Clique aqui para conseguir livros clássicos da Jane Austen, ou se preferir poesia Clique aqui!
Eu demorei muito tempo para termina-lo, não que eu tenha me entediado ou não enha gostado, pelo contrário, eu gostei bastante da obra, mas sim porque a história é densa, pesada e também que o autor usa muitas metáforas, e o leitor precisa ter uma detida atenção. O coração das trevas inicialmente foi publicado em fascículos em uma revista britânica em 1899, apenas em 1902 que ele foi publicado no formato de livro.
Eu demorei muito tempo para termina-lo, não que eu tenha me entediado ou não enha gostado, pelo contrário, eu gostei bastante da obra, mas sim porque a história é densa, pesada e também que o autor usa muitas metáforas, e o leitor precisa ter uma detida atenção. O coração das trevas inicialmente foi publicado em fascículos em uma revista britânica em 1899, apenas em 1902 que ele foi publicado no formato de livro.
Título original: Heart of darkness
Autor: Joseph Corad
Número de páginas: 150
Tradução: Celso M. Paciornik
Edição: Clássicos Abril coleções 2002
Editora: Abril editora
ISBN: 978-85-7971-026-1
Marlow conta a um grupo de amigos a bordo de um navio ancorado no estuário do Rio Tâmisa, desde o anoitecer até de madrugada, a sua aventura no continente africano, especificamente no Congo, inicia sua narrativa contando como conseguira o posto na companhia, através da ajuda e influência de sua tia . Assim ele se torna comandante de um pequena embarcação à vapor, sendo-lhe, posteriormente, atribuída a missão de resgatar um chefe de posto de comércio, conhecido por Sr. Kurtz. Ao longo da história Marlow conta os horrores que viu no Congo, a escravidão, selvageria, ambição, e até mesmo os homens mais "civilizados" de Londres se transformavam naquele ambiente, chamado pelo personagem de Coração das trevas, mas ao finalizar a leitura pode-se interpretar que Londres também é o coração das trevas. Ademais, Kurtz também é um protagonista, um personagem que representa o capitalismo exacerbado, a luta por mais e mais lucros, passando por cima de qualquer obstáculos, seja natural ou moral.
Encontrei-me de volta na cidade sepulcral indignado com a visão de pessoas se precipitando pelas ruas para surrupiar dinheiro uma das outras, para devorar sua comida infame, para engolir sua cerveja infecta, para sonhar seus sonhos tolos e insignificantes. Elas violavam meus pensamentos. Eram intrusas cujo conhecimento da vida me parecia uma pretensão irritante porque sentia que não poderiam saber das coisas que eu sabia. - Página 124
Conrad construiu uma narrativa com uma história dentro da própria história, fazendo com que o leitor dobre sua atenção para pegar todos os detalhes do enredo. A obra tem um caráter crítico e psicológico e, possui um tamanho pequeno para um clássico e de fácil leitura em relação ao vocabulário, em contrapartida exige uma alta concentração do leitor por constituir uma narrativa simbólica e de rápidas conexões, as vezes com frases aparentemente desconexas e metáforas.
Por ser um clássicos inglês, certamente temos o ponto de vista europeu sob a Africa, apesar do autor ter trazido diversas críticas, infelizmente ele demonstra os nativos africanos como apenas selvagens, desprovidos de sentimento e sensos humanos, como liberdade, amor, tristeza e angustia, dando-os um tom de desumanização.
O livro trás discussões da alienação que o processo capitalista produz nas pessoas, da violência europeia no colonialismo na Africa durante o século XIX ,assim como personagens ambíguos que estão inseridos nesse cenário de violência e que participam desse processo.
O livro, portanto, é uma leitura interessante, intrigante, e do meu ponto de vista indispensável para se conhecer relações internacionais e história, já que este livro é baseado em fatos reais, o próprio escritor fez essa viagem para o Congo em 1890, nesta época o rei Leopoldo II, que em um golpe diplomático, em 1885, durante a Conferência de Berlim, conseguiu ver aprovado o Estado livro do Congo, isto é ele teve posse de todo o território conguês, tendo em vista o marfim e borracha da região que o interessavam. Ah, vale ressaltar que para pessoas sensíveis a violência, o livro tem passagens com descrição das condições dos escravos, como estavam vivendo e cenas de violência no geral.
Já tinha ouvido falar deste livro, mas essa é a primeira resenha que leio sobre ele.
ResponderExcluirAdoro literatura clássica, então já chamou a minha atenção. Gostei dos temas discutidos na obra, parece trazer muito aprendizado.
Adorei a resenha, obrigada por compartilhar essa leitura =D
Essa leitura é incrível, recomendo bastante. Adoro poder compartilhar livros maravilhosos <3 Fico imensamente feliz que gostastes da resenha<3
ExcluirObrigada pela visita =D
oi @dora
Excluir