11 de abr. de 2025

Orange Vol. 3, Ichigo Takano

E mais um post falando de Orange. Esse mangá tem me intrigado com algumas coisa, a forma como a autora constrói e desenvolve seus personagens é uma delas. Ela com certeza tem uma sensibilidade para tratar diversos assuntos, inclusive a falta de tato social de Naho e Kakeru. Porém, algumas coisas na forma de tratar esses dois personagens me irrita durante a leitura, uma delas é essa total falta de traquejo social chegar a ser quase do nível infantil.  

Muito da forma como a autora trata a relação dos personagens, desenvolvimento e afins é do gênero mesmo, alguns clichês aqui e ali, a inocência exacerbada da protagonista (algo que me incomodou em diversos momentos ao longo da leitura). Naho e Kakeru são extremamente diferentes do grupo, é interessante para dinâmica, porém acho muito difícil você ter amizades duradoura e não absorver algumas manias ou maneirismos alheios. É extremamente cansativo que todos têm de provar para esse dois o tempo todo que podem contar com eles...


Ao final do volume dois Naho entra em desespero por saber que talvez nunca conseguirá salvar o Kakeru, surge uma pequena esperança: Suwa revela a ela que também recebeu uma carta do futuro! Os dois, agora mais confiantes, passam a seguir à risca as instruções das cartas, mas pouco a pouco, o “presente” deles começa a seguir um caminho diferente dos acontecimentos descritos nas cartas. Surge as dúvidas de que a realidade deles é diferente da realidade das cartas, são dimensões diferentes, já que o que acontece no passado não altera o futuro. 

Nesse volume descobrimos algumas coisas, os relacionamentos são mais desenvolvidos também, e apesar de no fundo não querer que Naho fique com Kakeru, Suwa ajuda muito na aproximação e talvez o começo de um relacionamento deles. Suwa possui aquele amor por Naho a ponto de abrir mão de sua felicidade pela dela. Porém, isso faz com que Naho fique cada vez mais próxima e preste mais atenção ainda nas atitudes dele. Para mim o casa perfeito seria Naho e Suwa

Aqui temos mais cenas entre as "dimensões" do futuro e o passado (onde a maior parte da história se passa), até as capas do mangá têm esse contraste. Alguns fragmentos do futuro mostra o grupo sofrendo com o aniversário de Kakeru, que veio a falecer aos 18 anos, e como eles muito provavelmente foram um pouco relapsos com ele. No entanto, ao longo da história do "passado", vemos que Kakeru não tem tato social nenhum, não consegue pedir ajuda e mente em relação ao que sente...Mas com insistência do grupo ele tem mudado aos poucos. 

Acho Orange uma história triste, o grupo em sua versão do futuro se culpa por algo que aconteceu no passado e vivem remoendo esse remorso aponto de querer modificar tudo o que aconteceu. Nesse volume descobrimos coisas muito interessantes, é uma empreitada que envolve todos do grupo, exceto Kakeru. Até o momento não sabemos como as cartas são enviadas do futuro, elas simplesmente chegam até eles. 

Esse fato das cartas serem enviadas do futuro me lembrou muito do filme A casa do lado (2006) com a Sandra Bullock. Não é exatamente uma premissa original, acredito que se cavoucarmos um pouco mais encontramos uma série de outras obras que retratam isso. Enfim, é um mangá que tenho lido para passar o tempo e matar essa curiosidade, mas não tenho gostado tanto não...Não tem me feito vibrar como aconteceu com meus amigos e pessoas conhecidas.

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