18 de dez. de 2020

Estrelas perdidas, Claudia Gray

 Nem acreditei quando havia notado que não tinha feito a resenha desse livro, e olha que ele foi um dos primeiros lidos nesse ano turbulento de 2020. Tanta coisa aconteceu desde 1° de janeiro que fui deixando de lado as resenhas, algo que me chateada profundamente. Enfim, como disse no post anterior, toda semana terá post novo aqui no blog. 


Título: Lost Stars
Autora: Claudia Gray
Número de páginas: 444
Editora: Seguinte
Tradução: Fábio Fernandes e Zé Oliboni

Ciena Ree e Thane Kyrell se conheceram na infância e cresceram com o mesmo sonho: pilotar as naves do Império, cujo poder sobre a galáxia aumentava a cada dia. Durante a adolescência, sua amizade aos poucos se transforma em algo mais, porém suas diferenças políticas afastam seus caminhos: Thane se junta à Aliança Rebelde e Ciena permanece leal ao imperador. Agora em lados opostos da guerra, será que eles vão conseguir ficar juntos?

Através dos pontos de vista de Ciena e Thane, você acompanhará os principais acontecimentos desde o surgimento da Rebelião até a queda do Império - como as Batalhas de Yavin, Hoth e Endor - de um jeito absolutamente original e envolvente. O livro relata, ainda, eventos inéditos que se passam depois do episódio VI, O retorno de Jedi, e traz pistas sobre o episódio VII, O despertar da Força!


"Era assim que o mal ganhava mais espaço: criava raízes nos jovens e crescia junto com eles. Cada geração elevava o abuso a outro nível. Estamos ensinando crianças a aprovar a escravidão. Estamos ensinando a elas que crueldade é uma virtude". -Páginas 177

A expansão do império Galáctico chegou à orla exterior, mais especificamente ao isolado planeta Jelucan. É ali que vivem Thane Kyrell e Ciena Ree. Os dois não podiam ter origens mais distintas: O garoto vem de uma família aristocrata e a menina mora numa vila rural nos vales. Por mais que fossem diferentes, e suas famílias fizessem de tudo  para separá-los, aos oito anos eles já eram melhores amigos com um amor em comum, amor às naves que atravessavam os céus de Jelucan, ambos tinham o sonho de voar nas melhores naves do Império Galáctico. Claudia Gray trás o relacionamento desses dois personagens de maneira profunda e verosímil, fazendo o leitor se envolver e se importar realmente com eles.

Ciena tem uma fé e lealdade ao Império inquestionáveis, capaz de sacrificar tudo em prol do que acredita; algo que no começo me irritou bastante, pois quem teria uma devoção tão cega à algo que todos veem que é tirânico e déspota? Foi neste momento que me voltei para a política brasileira, o caos entre as pessoas e nos líderes políticos; vive-se em uma sociedade fanática, disposta a fazer qualquer coisa para cair nas meras graças de fascistas e corruptos, os quais se pagam de santos e tem aprovação publica, que não sabe a diferença entre realidade e ficção.

Ademais, o livro aborda a política do universo de Star Wars de um ponto de vista diferente, a partir dos imperiais, muitos acreditam que estão servindo a sociedade, defendendo do "mal" e da anarquia. Passa-se por diversos acontecimentos dos filmes clássicos com a ótica dos protagonistas, mostrando o sofrimento deles ao perderem os melhores amigos na destruição da Estrela da Morte. Ora, nem tudo é "preto no branco", também não existe apenas bem e mal, há infinitos tons de cinzas entre meras concepções de certo e errado. Aqui  depara-se, talvez pela primeira vez, em questionar as ações de Luke e dos rebeldes, sim, pode-se entrar em uma discussão filosófica e ética sobre diversos episódios.    


A narrativa é fluida, o enredo é cheio de uma área cinzenta, mostra o fanatismo e manipulação política, romance, sacrifícios, certo e errado, bem e mal por óticas totalmente  diferentes. É um dos poucos livros da série "Jornada para o despertar da força" que gosto e recomendo à você leitor, com personagens cativantes, uma história que segue paralela aos filmes clássicos, além de uma boa dose de questionamento da realidade e da verdade e suas "verdades".


13 de dez. de 2020

O último olimpiano (Parcy Jackson e os olimpianos), Rick Riordan

 Finalmente estou postando novamente, quando penso que vou conseguir postar toda semana, vem a vida e diz "não". Enfim, estou mega feliz em estar fazendo essa resenha, que aproposito o blog terá uma enxurrada de post esse mês. Aos dois leitores que me acompanha...confia que vai ter hehehe


 

Os meios-sangues passaram um ano inteiro preparando-se para batalha contra os titãs, e sabem que as chances de vitória são pequenas. Cronos está mais forte e poderoso do que nunca, a cada deus ou semideus que se une a causa do titã, o fortalece. Enquanto os olimpianos se ocupam em conter o titã Tifão, Cronos avança em direção à cidade de Nova York, onde o Monte Olimpo está precariamente vigiado. Agora, Percy e seu exército de heróis podem deter o senhor do Tempo.

A série Percy Jackson tem diversos assuntos sutis e delicados que o leitor mais atento capta, como por exemplo o ambiente pobre e abusivo do primeiro livro, tema de pais ausentes, traição matrimonial, amizade, família é aquela que construímos, superação de suas deficiências psicológicas (como déficit de atenção)etc. Todos os livros são extremamente fluidos, os personagens, apesar de simplistas e um tanto unidimensionais, tem um certo desenvolvimento emocional. Não sou muito fã da escrita do autor, mas admiro a fluidez que escreve. 

Todo o tempo durante a leitura de "O último olimpiano" senti a apreensão que o autor quis passar, que os personagens estavam em perigo e que a qualquer momento algo muito importante iria acontecer, todavia parte da história ficou previsível e pelo ritmo que o enredo estava levando, logicamente, teria final feliz, só faltou casamento. 

Não foi um livro que mexeu muito comigo, claro que estava esperando uma ótima finalização de série e torcendo para tudo dar certo para os personagens, mas não foi meu favorito da série e muito menos surpreendente, achei okay. Gostei da série, embora tudo seja um tanto infantil e Percy seja um protagonista muito irritante, algo que me irritou bastante é o protagonista pensar, falar e agir de modo muito infantil para idade, a história avançou, chegou o fim da série, e Rick Riordan ainda insiste em repetir que Percy é filho de Poseidon, em descrever novamente o acampamento, repetir fatos ocorridos nos livro anteriores e falar com o leitor como pegasse a história pela primeira vez. 

É uma série infantil, portanto, recomendo a quem está começando entrar no mundo da leitura e da fantasia, recomendaria para crianças, logicamente, e para quem quer passar um tempo lendo bons livros; para mim não foi uma leitura cem por cento, mas foi agradável. 



Leia esse post!

Não pise no meu vazio, Ana Suy

Essa foi mais uma leitura terminada nesse mês de março, a qual me fez bem no geral! O livro possui, em muitos poemas, uma metalinguagem sobr...