Está quase acabando... Mais um post falando de Orange e só falta mais um volume para finalizar a série, quero dizer aqui nos posts mesmo, pois não me aguentei e já li tudo e cheguei a conclusão de que essa série definitivamente tem sim data de validade e certamente um público alvo para alcançar e definitivamente não me enquadro, não sei se me sinto muito velha ou aceito a passagem do tempo sem precisar me "cobrar" a gostar de uma série de mangás que alguns amigos gostam.
No quarto volume de Orange, a história atinge um ponto crucial. Naho e Kakeru finalmente reconhecem seus sentimentos um pelo outro, mas a sombra do destino ainda paira sobre eles. A tensão aumenta à medida que o grupo de amigos, agora ciente das cartas do futuro, unem forças para mudar o trágico desfecho que se aproxima para o amigo. Este volume é marcado por momentos de ternura e angústia entre os personagens e o desenrolar (mais doido possível) da trama.
O festival esportivo se torna um símbolo de esperança, com os amigos se esforçando para criar memórias felizes para Kakeru. No entanto, a preocupação com os sentimentos de Suwa adiciona uma camada de complexidade emocional, já que ele também recebeu uma carta do futuro e sabe que, ao salvar Kakeru, pode estar abrindo mão de seu próprio futuro com Naho, porém é algo que ele mesmo não tem certeza do que pode acontecer. Suwa é o grande herói silencioso da história. Abrir mão da mulher que ele ama, sabendo o que no futuro aconteceria com eles, é MUITO pesado. É o tipo de gesto que carrega maturidade emocional, altruísmo real — quase um anti-herói romântico, porque ele ama em silêncio e age pelo bem do outro. Essa parte, confesso, me abalou muito, pois eu não sou do tipo boazinha e que abre mão das coisas pelos outros, e sempre acho que tudo tem várias vias e alternativas.
A narrativa de Ichigo Takano continua a explorar temas profundos como amizade, arrependimento e a luta contra o destino. No entanto, as coisas se desenrolam de um jeito totalmente estranhos e cheio de heroísmos e auto sacrifício por parte dos personagens. Orange tenta equilibrar entre o drama emocional e uma leve pitada de ficção científica, mas quando força a explicação do tempo com Triângulo das Bermudas e buraco de minhoca, quase derruba o que estava construindo. Enfim, foi um volume intenso, cheio de cargas emocionais e explicações forçadas sobre viagem no tempo, como alguém que ama ficção científica...fiquei doida com essa parte.